Eu gosto de política
Redação DM
Publicado em 20 de janeiro de 2016 às 23:15 | Atualizado há 9 anos
Por anos da minha vida eu carreguei um trauma, que me impedia enxergar os benefícios que a política nos proporciona. De tanto sofrer nessa vida, e viver com até mesmo a ajuda da política, mesmo não sendo de grande valia na época, me pego hoje relembrando tal passado e tenho consciência que gosto de política, porque dela vivemos e dependemos. Gosto de participar das sessões na câmara dos vereadores da cidade que vivo, cobro dos prefeitos, por atitudes, devido nossos impostos em maioria das administrações não serem bem investidos de maneira justa como um cidadão merece. Cansada deste ostracismo que se encontra a cidade onde cresci e presenciei diversos tipos de gestores, juntamente a várias pessoas decidi que se não houver luta, nunca chegaremos à vitória! Somos sabedores de nossos direitos, então porque não ser uma cidadã interessada em política? Cobrar não é criticar! Cobrar é ter a certeza de que alguém nos deve, por isso sempre estarei cobrando os nossos direitos. Merecemos por lei uma cidade digna de ser vivida, porém onde olhamos só encontramos o caos, o abandono e a falta de respeito, como únicas opções. Isso é dignidade? Cadê o asfalto de qualidade para todos? Onde estão escondidos os medicamentos licitados para a população? E aquela ‘‘tapinha’’ no ombro, antes do pleito eleitoral? Simplesmente desapareceram?! Mas já podemos ir se acalmando, ano de campanha chegou e para nossa alegria, obras estão sendo terminadas e médicos nos postos de atendimento à saúde já estão aparecendo, ah! e sabe ‘’ aquela casca de ovo ‘’, que chamam de asfalto? Também tem sido feita. Resumindo, uma verdadeira falta de respeito, isto é o que vem acontecendo durante décadas em nosso município, bom se é que podemos chama – ló de ‘’nosso’’. Enquanto isso, após eles novamente serem reeleitos com a quantidade o suficiente de votos que sonharam receber, continua a acontecer os regalos que os mantém felizes, mesmo que a situação da cidade só piora. O certo neste ano será uma renovação. Chega destes candidatos arcaicos, ocupando cargos que são de merecimento de ocupação de pessoas audaciosas e de conduta ilibada. Nosso erário público tem dono e vamos de modo inteligente devolve-lo ao dono, o ‘’povo’’. Aqui se encontra em estado de calamidade total, os moradores responsáveis pelos pagamentos dos impostos ao município não veem retorno algum há décadas, mas os fortes administradores tem apenas negligenciado os valores que não são de conhecimento da população. Um antigo provérbio nos diz que ‘’o pobre oprimido, não tem nada a perder exceto o sofrimento’’, mas até quando vamos continuar a viver tamanho sofrimento, viver em meio a buracos, com espessura inacreditável, andar na escuridão com taxas de iluminação pública sendo cobradas abusivamente, não receber atendimento de forma justa em postos de saúde e em hospital público, migrar a outros municípios em busca de laser… Viver no esquecimento, na ilusão, na regressão, quer usufruir destas opções? Se a resposta é não, procure conhecer seus direitos e tratar de não deixar que a elite seja a única beneficiada quanto aos direitos existentes. Os arcaicos tem fome de poder, não devemos deixá-los mandar naqueles que os sustentam! E vivenciando esse montante de problemas me vi gostando de política. Infiltrando-me as mais incríveis situações para conhecer o lado bom e ao ruim dessa escolha que para muitos não é nada boa. ‘’Parece estranho’’ diz alguns senhores (as), ‘’ver uma moça com menos de 21 anos de idade se ingressando onde nem nós queremos ir’’, e é ai que os respondo com muita sutileza: O criativo é ir aonde quase ninguém foi e nem desejou ir. Sou nova, porém sinto-me com obrigação de ir a diante e fazer parte de um grupo que faz o bem sem olhar a quem, ensejando que política não é feita apenas por políticos. Ela é feita por seus pais ao impor uma lei em seu dia a dia, é feita no seu colégio ao entrar e sair no seu devido horário é feita no seu trabalho, seguindo ordens de seus patrões. A política com renovação está vinda com cara jovial e alegre, ao invés daquela arcaica política de partidos, onde as pessoas vivem em um mundinho só delas. Precisamos de jovens participativos, que além do nome de prefeito no seu peito, irão levar aos problemas soluções que com certeza não haverá apenas ‘’promessas’’. E para isso precisamos de iniciativas não só de um ou dois jovens, mas sim de variados grupos que através de suas ideias e força de vontade, mudarão a cara da política não só municipal e sim brasileira. Devemos ser mais do que aquela mínima porcentagem que temos visto nos jornais, a juventude significa o início de novas ideias, significa as chances de um Brasil melhor, por esses motivos citados é que percebo o quanto um jovem entende o que é a política seria de grande proveito. A maioria dos jovens com idade entre 16 e 19 anos não tem o mínimo interesse nesse meio, por entender que um político pode ser associado a um ladrão! Lembrem-se, tais ideias devem ser urgentemente transformadas, juntamente a um todo, trazendo pais, professores, amigos e toda a família, ao início de um município democrático. Ainda estamos com tempo para corrigir o que por longas décadas eles têm destruído, precisamos de união e não competição!
(Erika Vaz, militante acreunense)