Economia

Investidores da TOV que tinham ações não perderão aplicação

Diário da Manhã

Publicado em 18 de janeiro de 2016 às 04:40 | Atualizado há 9 anos

SÃO PAULO — Os investidores que aplicavam em ações ou títulos públicos por meio da TOV Corretora, liquidada pelo Banco Central no último dia 7 por suposto envolvimento na Operação Lava Jato, não correm risco de perder os recursos já que os papéis estão custodiados em seus nomes na Bovespa. Para voltar a ter acesso aos investimentos é preciso transferir os aportes para outra corretora. O primeiro passo para isso é retirar um formulário em algum dos escritórios da TOV e dar início ao processo.

Clientes da TOV reclamam da dificuldade em manter contato com a corretora desde a liquidação. Por esse motivo, uma comitiva de investidores foi à sede da empresa, em São Paulo, pleitear uma reunião imediata com Tupinambá. O encontro ocorreu e durou mais de três horas. Uma das principais dúvidas era em relação ao saldo mantido em conta corrente por alguns dos clientes — uma vez que esse valor não está custodiado em nenhuma instituição. Tupinambá garantiu que todos os recursos serão devolvidos, embora sem correção monetária e sem prazo determinado para que o reembolso ocorra.

Ainda de acordo com Tupinambá, os investidores que tiveram saldo ingressante em sua conta depois da liquidação — por exemplo, pagamento de dividendos ou de aluguel oriundo de fundos imobiliários —, por sua vez, podem solicitar os recursos imediatamente, por meio de carta enviada à corretora, e o receberão dias após o pedido.

— Mantenho todos meus recursos na conta da TOV e desde a liquidação não tenho acesso ao meu dinheiro. Não poderia continuar em casa tentando resolver isso por telefone ou por e-mail — desabafou Cleber Costa, um dos investidores, que perdeu o dia de trabalho para ir à sede da corretora.

Clubes e fundos

Os fundos de investimento e clubes administrados pela TOV continuam funcionando normalmente, de acordo com as informações passadas nesta reunião. Também não há risco de perdas. Os investidores devem aguardar a convocação de uma assembleia para que seja votada qual nova instituição fará a gestão das carteiras.

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