Opinião

Fisioterapia, a profissão do futuro

Diário da Manhã

Publicado em 18 de dezembro de 2015 às 21:45 | Atualizado há 9 anos

Ninguém faz planos pensando em uma doença ou na sua própria incapacidade, nem nos imprevistos da vida. Imagine-se em plena condição ativa, com projetos, sonhos e planos e de repente todos os movimentos aprendidos durante o desenvolvimento neuropsicomotor se reiniciam em um processo de inversão ou algo impactante cessa a sua liberdade de ir e vir. E vagarosamente seus passos não te obedecem, suas mãos não estão como antes e engolir uma simples água se torna um risco de vida. Os músculos vão paralisando, se confundindo com a dormência periférica, e para piorar, ninguém te esclarece nada. O que era simples e básico passa a ser importante, difícil e desejado, e em alguns casos, um processo sem retorno. As consequências são trágicas, processos dolorosos se iniciam devido ao encurtamento muscular, a falta de ar se acentua e a imobilidade é inevitável. Em alguns casos a solidão assola as sinapses. Essas enfermidades são inevitáveis e não escolhem etnia ou classe social, porém existe a fisioterapia, uma profissão que abraça o outro ser com as mãos, na tentativa de sanar, diminuir a dor e alegrar. Leva com a fala a esperança, com os olhos a cumplicidade, com as mãos o toque e o alívio da dor e muitas das vezes leva até o ar que o outro tanto necessita. A Fisioterapia é uma profissão que merece nosso respeito, valorização e gratidão. Temos o toque suave da liberdade que traz as melhores sensações e a expectativa de alguém, a esperança de ser independente e livre para ir e vir, para respirar e novamente sonhar!

 

(Eder Machado, professor, fisioterapeuta especialista em docência universitária e em fisioterapia hospitalar – facebook: [email protected])


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