Cotidiano

Polícia procura 21 presos que fugiram de Rio Verde

Redação DM

Publicado em 16 de dezembro de 2015 às 15:30 | Atualizado há 9 anos

Mais uma vez ocorreu fuga em massa nos presídios de Goiás. Dessa vez, 21 presos estão nas ruas após fugirem da Casa de Prisão Provisória de Rio Verde.

Dos 27 que escaparam na terça-feira, a polícia localizou seis.

Conforme a Polícia Civil de Rio Verde, os fugitivos roubaram três armas de fogo. A ação dos criminosos ocorreu na tarde de terça-feira e a polícia ainda não divulgou o nome dos capturados.

O número de fugitivos seria ainda maior. O Grupo de Operações Regional (Gore)  impediu que outros detentos escapassem junto do grupo.

No bando de fugitivos estão estupradores, homicidas e traficantes. Na fuga, os detentos renderam a diretora do presídio.

Um agente prisional também foi rendido, mas os criminosos os libertaram. A fuga ocorreu pela porta da frente.

De acordo com a Polícia Civil, os detentos renderam os agentes e através da chave fugiram pela entrada principal. É comum a fuga nos presídios de Goiás. Somente em 2015 ocorreram 19.

Conforme o Ministério Público de Goiás (MP-GO), a culpa está na má qualidade das cadeias goianas. O MP já pediu a interdição da unidade.

Somente em Rio Verde, nove detentos fugiram do Centro de Inserção Social (CIS)  durante o horário de visitas no final de outubro.

MEDIDAS

O promotor de Justiça Marcelo Henrique Rigueti Raffa propôs em 2013 ação civil pública contra o Estado de Goiás para que seja determinada a imediata interdição da CPP de Rio Verde, com a transferência dos presos para outros estabelecimentos prisionais, provisoriamente.

Segundo sustenta o promotor, foi instaurado na 9ª Promotoria de Justiça de Rio Verde inquérito civil público para apurar a existência de deficiências estruturais, de segurança, de salubridade e de higiene nos três estabelecimentos prisionais locais e posterior adoção de medidas para o suprimento das necessidades. Antes desta medida, contudo, foi solicitada ao Corpo de Bombeiros local a realização de vistoria nos três estabelecimentos prisionais e de inspeção pelo Departamento de Vigilância Sanitária.

A Vigilância Sanitária apontou que “observou-se a precariedade e comprometimento com relação à integridade física, com fiações expostas, infiltrações nos tetos e paredes com presença de mofo, tubulação de esgoto entupida, caixas de esgoto que não estavam devidamente tampadas, desenvolvendo forte odor e propiciando a proliferação de pragas e vetores”.

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