Solidão e paz
Redação DM
Publicado em 12 de dezembro de 2015 às 00:06 | Atualizado há 9 anosEu queria uma praia deserta,
e coqueiros balançando ao sabor dos ventos,
numa manhã de solidão e paz.
Num barquinho lançado no mar,
prá bem longe navegar.
Desaparecer no horizonte,
sem ter pressa prá voltar.
E, lá longe, bem distante,
junto ao céu e junto ao mar,
fazer uma oração,
e com Deus falar.
Lembrar das coisas boas da vida,
sentir saudades,
uma lágrima derramar.
E sentir de Deus, num instante,
a ternura de seu olhar,
e vê-lo, com carícias,
tentando me animar,
enchendo-me de esperança,
e mandando-me voltar.
E ali permanecer meditando,
até o dia terminar.
E, no crepúsculo da tarde,
quando a noite já chegar,
e a lua cor de prata,
o céu, então, clarear,
resplandecendo cristais d’água,
na superfície do mar,
quero, com meu barquinho,
bem de mansinho,
deslizando sobre as ondas,
à terra mãe retornar.
(José Maria Moreno, odontólogo aposentado e servidor público municipal – E-mail: [email protected])