Brasil

Cidades Inteligentes

Redação DM

Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 23:12 | Atualizado há 10 anos

Desenvolvimento, aumento populacional, migração e movimentação de pessoas. Todos esses itens convergem para o crescimento das cidades. Em 2011 a população mundial era de sete bilhões de pessoas, das quais 50% localizavam-se em áreas urbanas. O crescimento exponencial observado no último século nos permite projetar os desafios vindouros: crescimento da circulação de veículos em vias públicas, aumento no consumo de energia, elevada necessidade por conectividade à internet, entre outros.

O avanço descontrolado é o principal causador de um cenário caótico para nossa sociedade. Mas, tendo em vista esse inevitável – e necessário – crescimento, há um desafio ainda maior a ser superado, que é o crescer de forma planejada e controlada. Felizmente, a resposta existe e já está ao nosso alcance: “Cidades Inteligentes”! Por meio da aplicação de uma arquitetura tecnológica integrada que aborde os problemas de maneira transversal e realize, assim, a gestão cruzada da informação para, de forma holística e inteligente, melhorar a eficiência e a prestação de serviços à população.

Para alcançarmos essa perspectiva sistêmica de “cidade inteligente” – na qual os sistemas interagem de maneira compassada e estruturada – é necessário a existência de um ambiente que permita a integração dos atores e respectivos sistemas que, de forma ágil, sustente as suas operações. Este ambiente é conhecido como Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) que, por definição, é composto de ambientes complexos de infraestrutura e tecnologia, os quais  acrescentam inteligência às operações. Isso acontece por integrarem informes e informações gerando, desta forma, o conhecimento necessário que permitirá às  instituições a  atuarem de maneira colaborativa. Devido aos benefícios advindos dessa sinergia, os centros têm sido utilizados por empresas, órgãos governamentais  e outras instituições.

Tecnicamente, parece algo complicado e apenas existente na teoria. Porém, é possível entender com facilidade quando vemos isso tudo aplicado, por exemplo: em Barcelona (Espanha), onde o acesso ao sistema de trânsito foi disponibilizado para que pedestres e motoristas pudessem acompanhar, por meio de seus smartphones, a melhor opção para se locomover no município. Outro bom exemplo é Seul (Coréia do Sul) que, além de permitir o acesso ao sistema de trânsito, a administração de trânsito aposta na troca de informações por meio digital com os moradores, a fim de identificar o mais rápido possível as demandas da população. Desse modo, por meio de CICCs, as cidades estarão equipadas para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, a eficiência no uso dos recursos à sua gestão como um todo.

Esses são apenas alguns exemplos de iniciativas específicas que aplicam esse conceito e benefícios de inteligência e integração em escala global, permitindo, assim, que vislumbremos a cidade agindo como um organismo de forma integrada – algo extremamente necessário para suportar seu crescimento exponencial!

Felizmente, temos muita tecnologia disponível a ser aplicada e que poderá viabilizar a realidade descrita. Para tanto, a escolha do fornecedor que permitirá toda essa mobilidade deverá passar pelo crivo da expertise e qualidade de serviços necessários para conceber, implementar e prover a manutenção de projetos integrados de grande complexidade – algo de extrema necessidade por conta, principalmente, do desenvolvimento das áreas urbanas. Afinal, iniciativas como essa poderão, inclusive, colaborar com a evolução da segurança pública, melhorando, assim, a sociedade como um todo.

*Nelson Osório, consultor de Centro Intergado de Comando e Controle da Aceco TI

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