Economia

Próximo leilão de portos deve acontecer em março de 2016

Redação DM

Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 17:09 | Atualizado há 9 meses

Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil

O próximo leilão de terminais portuários deverá ocorrer em março de 2016, segundo o ministro da Secretaria de Portos, Helder Barbalho. No lote deverá estar incluída a área do Porto de Vila do Conde, no Pará, para qual não houve interessados e que foi retirada do leilão feito hoje (9) na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). No certame foram arrendadas três áreas no Porto de Santos, litoral paulista, em um valor toral de R$ 430 milhões.

De acordo com Barbalho, o governo vai conversar com empresários para saber quais foram as razões para que nenhum consórcio apresentasse propostas para a concessão no porto paraense. “A nossa estratégia será ouvir o mercado para compreender e interpretar as razões pela qual não houve formalização das propostas”, enfatizou o ministro.

O edital da próxima rodada de arrendamentos deverá ofertar cinco áreas em portos do Pará. Segundo Barbalho, é necessário expandir a infraestrutura portuária na Região Norte para facilitar o escoamento de grãos produzidos no Centro-Oeste. “Para a atividade do agronegócio de grãos essas outras alternativas são fundamentais”, ressaltou. Atualmente, grande parte da safra é exportada pelos portos de Santos e Paranaguá, no Paraná.

Bem-sucedido

O resultado do leilão de hoje foi visto como um sucesso pelo governo. “O leilão de hoje é um sucesso, Viabiliza R$ 1,460 bilhão de recursos para o governo federal. Seja na forma do pagamento à vista, na entrada, os R$ 430 milhões de hoje. Seja na forma das taxas de manutenção que vão ser pagas à Codesp [Companhia Docas do Estado de São Paulo]”, avaliou o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. Além do R$ 1,027 bilhão que será pago ao longo de 25 anos a Codesp, os arrendatários deverão fazer investimentos de R$ 608 milhões.

Barbosa destacou que o leilão de hoje é uma parte das concessões planejadas para os próximos anos. “Programa que envolve concessões não só na área de portos. Envolve concessões na área de aeroportos, rodovias e ferrovias”, disse.

No leilão de hoje, o consórcio LDC Brasil BSL pagou R$  303,069 milhões por um lote de 46, 8 mil metros quadrados no Bairro da Ponta da Praia. O consórcio formado pelos grupos Louis Dreyfus e Cargill deverá substituir o atual sistema de embarque de grãos vegetais do cais  por um novo conjunto, com capacidade de, no mínimo, 3 mil toneladas por hora.

A  Fibria Celulose arrendou 33 mil metros quadrados no bairro do Macuco por R$ 115,047 milhões. O local tem equipamentos para descarga, embarque e armazenagem de papel e celulose. A vencedora deverá, no entanto, garantir movimentação anual mínima de 1,6 milhão de toneladas por ano, a partir do quinto ano de contrato.

A Marimex Transportes e Serviços ganhou, com uma proposta de R$ 12,5 milhões, o arrendamento da área para construção de um terminal de celulose, no Bairro do Paquetá. São 22,5 mil metros quadrados de área nos quais serão implantados equipamentos e edificações para a recepção de cargas no terminal, além de armazenagem e embarque nos navios. Os investimentos estão estimados em R$ 250 milhões.

Editor Fábio Massalli

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