Cotidiano

Justiça acompanha situação em Goiás

Redação DM

Publicado em 7 de dezembro de 2015 às 21:34 | Atualizado há 10 anos

O Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) instaurou Procedimento Administrativo de Acompanhamento (PA) para verificar a atuação da União, Estado de Goiás e Municípios goianos acerca das ações de prevenção e combate ao ZikaVírus, como fatores de relevância para evitar-se a ocorrência da microcefalia em bebês.

Enquanto no ano passado 147 bebês nasceram com a anomalia no Brasil, neste ano, até 20 de outubro, o número saltou para 739 casos, o que representa um aumento de 400%. O Ministério da Saúde decretou emergência sanitária nacional e confirmou a relação da patologia com a proliferação do Zikavírus, também transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti. Cidades com registro muito alto de dengue também podem apresentar elevado risco para a proliferação do Zika, de modo que devem ser redobradas as atenções em relação à prevenção e ao combate ao mosquito.

O procurador da República Ailton Benedito de Souza, responsável pelo PA, expediu ofícios à Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Goiás e à Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia para que informem, em dez dias, quais medidas estão sendo adotadas no sentido de esclarecer a população, pelos meios de comunicação televisivos e radiofônicos, a respeito da microcefalia (definição e as graves sequelas ao bebê), inclusive quanto ao fato de que um dos principais vetores dessa patologia é o mosquito Aedes aegypti; se há orientação para que os hospitais, públicos e privados, notifiquem os casos suspeitos de microcefalia, mesmo antes do nascimento da criança; se está sendo feita capacitação com agentes das unidades de saúde, públicas e privadas, para o enfrentamento do Zika vírus e se há cronograma de ações junto aos agentes comunitários de saúde e aos agentes de combate de endemias.

Microcefalia

A microcefalia é caracterizada quando o bebê nasce com a circunferência craniana menor que 33 centímetros, anomalia que causa graves sequelas, como dificuldades psicomotoras (andar e falar) e cognitivas (retardo mental), além de trazer risco de morte. Segundo pesquisas feitas por médico da Fiocruz, verificou-se que entre 70% a 80% das mulheres cujos filhos nasceram com má-formação decorrente da microcefalia apresentaram sintomas do Zika no primeiro trimestre da gestação.

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