Religião preconceituosa
Redação DM
Publicado em 5 de dezembro de 2015 às 00:27 | Atualizado há 10 anosHouve revolta e manifestação após a rematrícula de Vinicius Santos Dias, 16 anos, não ter sido autorizada para o próximo ano letivo em uma escola do município de Santos, no litoral de São Paulo. O caso aconteceu no Colégio Adventista da cidade, que barrou a continuação dos estudos do aluno por causa do cabelo.
Vinicius Dias, tem o cabelo no estilo “black power” (em inglês), significa poder do preto. Ele estuda no colégio há sete anos, mas explica que em razão do estilo do cabelo foi encaminhado para a direção da escola cinco vezes, durante esse ano letivo. A orientação da escola, de acordo com o aluno, era para o corte do cabelo ou a retirada da escola.
O caso fez com que cerca de 30 pessoas, alunos e representantes de movimentos sociais, a reunirem em frente a escola, repudiando a atitude da instituição. Através de faixas e cartazes, os manifestantes declararam que a atitude foi motivação racial e preconceituosa, pois o estilo do cabelo não prejudica no desempenho escolar, nem mesmo na rotina da escola.
Posição da escola
O colégio, divulgou nota em que não impediu o aluno de renovar a sua matrícula por preconceito de nenhuma espécie. E que a filosofia da Educação Adventista em todo o mundo prega a igualdade e é contra qualquer tipo de intolerância.
A instituição também afirmou que existe regimento interno, assinado pelos responsáveis pela matrícula, que não permite o uso de cabelo, como o do aluno Vinicius. Além de que a prática é um padrão que é aplicado a todos os alunos, adotado há muitos anos pelo colégio, independente de cor ou raça. Por fim, a escola diz que não foi imposto de forma autoritária que ele cortasse o cabelo.