Prefeitura de SP pede embargo da reforma do edifício Copan

SÃO PAULO – As obras de recuperação de fachada do edifício Copan – patrimônio tombado no centro da cidade, projetado na década de 50 pelo arquiteto Oscar Niemeyer – foram suspensas nesta quinta-feira. O Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), ligado à prefeitura, pediu o embargo da reforma, que teria começado sem anuência do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).

A Subprefeitura da Sé fez uma vistoria na tarde desta quinta-feira no local. Segundo a administração do edifício, a obra foi interrompida após a entrega de uma intimação dos fiscais. O prédio em formato de S tem 115 metros de altura e cerca de 5 mil moradores. Cerca de 22 mil pessoas circulam diariamente pelo prédio.

O condomínio tem até a próxima terça-feira para responder à prefeitura. A administração disse que vai cumprir o prazo. Até lá, a reforma estará suspensa. As pastilhas que cobrem a fachada estavam caindo. Uma tela azul foi instalada em volta do prédio para evitar que a obra causasse dano aos pedestres. A obra vai custar R$ 23 milhões e está prevista para ficar pronta em 2018.

Em nota, a Secretaria Municipal de Cultura disse que pediu “fiscalização e providências com relação ao início de intervenções na fachada do Copan“.

“O conselho municipal do patrimônio histórico, Conpresp, pediu à Subprefeitura da Sé o embargo das obras de recuperação da fachada do Copan. O condomínio obteve autorização em 2011 para colocação de telas de proteção e remoção pontual das pastilhas visivelmente danificadas por razões de segurança, em caráter emergencial. Diante da informação de que as obras na fachada haviam sido iniciadas sem a autorização do Conpresp, o DPH tomou as providências para solicitar que a obra seja embargada”, diz nota.