Cotidiano

Edilson Capetinha é investigado pela Polícia Federal

Diário da Manhã

Publicado em 10 de setembro de 2015 às 18:12 | Atualizado há 10 anos

 

O ex-jogador da seleção brasileira Edilson Capetinha é um dos investigados de uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga supostas fraudes no pagamento de prêmios de loterias da Caixa. Agentes apreenderam nesta manhã (10),  discos rígidos e computadores na casa de Edilson, na Bahia.

Ele negou estar envolvido com o esquema investigado, e ainda firmou que foi surpreendido pela notícia quando se dirigia a um compromisso em Juazeiro, no norte do estado. Edilson falou que, ao saber das suspeitas, decidiu cancelar a viagem e retornar à Salvador.

O advogado do ex-jogador, Thiago Phileto, afirmou que seu cliente não tem ligação com o esquema de fraudes: “A Polícia Federal já recolheu computador, HD, e a gente tem certeza de que quando as investigações forem aprofundadas, o nome dele será retirado [da lista de suspeitos]”.

Ainda segundo o advogado, o nome de Edilson foi incluído na lista por outro investigado pela PF: “O nome dele foi ventilado de maneira leviana por uma pessoa que foi inclusive presa pela operação.”

Na manhã desta quinta-feira (10), a polícia cumpria 54 mandatos judiciais nos etados de Goiás, São Paulo, Paraná, Bahia e Sergipe. Em Brasília foram cumpridos 11 mandatos de condução coercitiva (quando o suspeito é levado à força, se necessário, para prestar depoimento). Até as 10h, sete dos oito mandatos de prisão temporária haviam sido cumpridos. Aproximadamente 250 policiais federais participam da operação, que recebeu o nome de Desventura.

Segundo a Polícia Federal, o esquema de fraude desviou milhões de valores de bilhetes premiados não sacados pelos premiados, que deveriam ser destinados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Somente em 2014, os ganhadores deixaram de resgatar R$ 270,5 milhões.

A investigação indicou que o esquema contava com a ajuda de correntistas da Caixa, que eram escolhidos por movimentar grandes volumes financeiros. Os mesmos correntistas seriam os reponsáveis por recrutar gerentes do banco para a fraude.

De acordo com a PF, quando os criminosos estavam com as informações privilegiadas, entravam em contato com os gerentes para que fosse viabilizado o recebimento do prêmio por meio de suas senhas, validando, irregularmente. os bilhetes falsos.

Durante as invetigações, um dos criminosos foi preso tentando aliciar um gerente para o saque do prêmio de um bilhete de R$ 3 milhões. Alguns meses depois ele foi liberado e, de acordo com a PF, morreu em circunstâncias que ainda são apuradas.

Os policiais ainda identificaram fraudes na utilização de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), Construcard – financiamento da Caixa para a compra de materiais de construção – e liberação irregular de gravames de veículos.

Os suspeitos podem responder por crimes como: integrar organização criminosa, estelionato qualificado, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, falsificação de documento público e evasão de divisas.


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