Grandes empresários destacam a gestão pública de Goiás
Redação
Publicado em 22 de agosto de 2015 às 00:17 | Atualizado há 10 anosHelvécio Cardoso,Da editoria de Economia
O modelo de gestão pública e os avanços econômicos de Goiás, políticas implementadas pelo governador Marconi Perillo, foram elogiados pelos 50 grandes empresários brasileiros que estiveram na 44ª Reunião Conselho Consultivo World Trade Center, em São Paulo (SP). Marconi fez uma palestra apresentando o que foi feito em Goiás nos últimos 16 anos, como o Estado se aproveitou disso para crescer quase duas vezes mais que o País e quais são as perspectivas para novos investimentos.
O presidente do Conselho Administrativo da WTC, Gilberto Bomeny, destacou que Goiás é um dos Estados de maior destaque na economia nacional por conta da desenvoltura do governador e que acredita no avanço da competitividade do Estado nos próximos anos. “Não temos dúvida que os negócios de sucesso estão em Goiás”, disse.
O governador Marconi disse que Goiás deve receber, até o final do ano, cerca de R$ 1,1 bilhão em novos investimentos. Observou que, com planejamento, inovação administrativa e parceiras, a economia goiana vai continuar crescendo neste ano. Confirmou que nos últimos 12 meses Goiás recebeu mais de R$ 1,5 bilhão em novos investimentos e que esse desenvolvimento está alicerçado em incentivos fiscais, segurança jurídica e numa política de fomento à produção. Disse também que antes de iniciar a atual gestão implantou uma nova maneira de administrar baseada no planejamento de médio prazo, antecipando os reflexos da crise econômica, diminuindo o tamanho da máquina administrativa, especialmente enxugando a folha de pagamento.
O presidente da Caramuru, Alberto Borges, destacou os trabalhos do governador junto ao governo federal para a retomada da Hidrovia Paranaíba-Paraná-Tietê. O ex-ministro do Desenvolvimento Econômico Luiz Fernando Furlan, por sua vez, afirmou que a prospecção de mercado para Goiás é positiva. “Goiás é um dos principais polos de negócios. Essa é a avaliação do mercado neste momento”, afirmou.
O evento reuniu representantes de peso do PIB brasileiro. Entre os 50 empresários presentes, estavam Alberto Borges (Caramuru), Fernando Queiroz (Minerva Foods), Gilberto Bomeny (WTC e Sheron Hotel), José Carvalho (American Express do Brasil), Paulo Guimarães (Banco Bonsucesso), Paulo Ricardo (Penalty Esportes do Brasil), Ricardo Diniz (Bank of America), Yim King Po (YKP), Ronaldo Pires (Abbott Laboratórios do Brasil).
O clube de negócios da WTC existe desde a fundação do prédio do WTC São Paulo, por Gilberto Bousquet Bomeny, que também é board member no WTC, em 1995. O grupo é presidido por Bruno Bomeny (filho de Gilberto). Possui filiais nas cidades de Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e em Fort Lauderdale (Flórida). O grupo pretende expandir sua plataforma sua atuação pela América Latina e América do Norte.
Marconi profere palestra em São Paulo
Governador mostra a empresários brasileiros como Goiás saiu na frente com planejamento e inovação
“Por meio do planejamento, inovação administrativa e parceiras, a economia goiana vai continuar crescendo neste ano”. A afirmação foi feita no início da tarde de ontem pelo governador Marconi Perillo, durante a 44ª Reunião do Conselho Consultivo World Trade Center (um dos maiores clubes de negócio do País), em São Paulo. O evento, que reuniu mais de 50 empresários de diferentes ramos, se propôs a discutir tendências econômicas e mostrar expertises de sucesso no País. Além de Marconi, também palestraram o ex-presidente do Banco Central Gustavo Loyola e o presidente da Cielo Brasil, Rômulo Dias.
A ideia do clube empresarial de negócios é promover a troca de experiências entre os sócios, por meio de redes de contatos. Neste modelo de fórum, executivos de destaque nacional se reúnem para debater temas que se apresentam como tendência, em comitês temáticos, com objetivo de prospectar e imprimir prosperidade aos negócios. Nas últimas reuniões do Conselho Consultivo do WTC, ocorridas no último mês de julho, as palestras foram apresentadas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o ex-ministro Luiz Carlos Bresser Gonçalves Pereira.
Marconi destacou que, mesmo com a crise econômica que atinge o País, a economia goiana deve crescer neste ano como fruto de uma política de Estado desenvolvida nos últimos anos. Segundo ele, uma das missões de suas gestões foi transformar o potencial local em desenvolvimento e grandeza. “Antes, eram poucas oportunidades para as pessoas, para as empresas e uma infraestrutura e uma logística atrasadas e sucateadas. Sabíamos que podíamos crescer. Buscamos inovar, fazendo mais com menos. Modernizamos a máquina administrativa e passamos a encarar a iniciativa privada como parceiros para atingir nosso objetivo de desenvolvimento”, explicou.
Parcerias
Dentro desta perspectiva gerencial, ele disse que sua administração deu ênfase ao modelo de gestão por Organização Social (OS), a partir de 2002, na área de saúde. Já são 15 unidades geridas por este modelo no Estado. Os resultados, afirmou, foram qualitativos e quantitativos. Agora, o Estado se prepara para desenvolver este tipo de parceria na área de educação. “Não é fácil quebrar paradigmas. Existem muitos vícios administrativos e de mercado que dificultam as mudanças. Resolvemos fazer uma mudança forte nestas áreas com objetivo de avançar os resultados”, destacou.
Marconi mostrou aos presentes que, com a implantação de uma nova administração baseada no planejamento de médio prazo, o Estado antecipou os reflexos da crise econômica que atinge hoje o País e reduziu o número de secretarias de 16 para 10, ainda no ano passado, extinguiu 5 mil cargos comissionados e 9 mil temporários. “Refizemos o orçamento do Estado e otimizamos os recursos humanos. Apesar de todos os Estados do Centro-Oeste crescerem acima da média nacional, é preciso ter uma posição sinérgica com o governo federal para que a moratória não seja pedida por eles”, disse.
O enxugamento da folha de pagamento do funcionalismo foi acompanhado pelo avanço da oferta de serviços públicos oferecidos à população pela máquina administrativa: “Reformulamos e ampliamos o atendimento da população com a expansão das unidades do Vapt Vupt por todo o Estado e o Estado alcançou o 1° lugar do Ideb do Ensino Médio e 2° lugar no Ensino Fundamental. Mas ainda acho pouco. As notas foram baixas. Por isso quero mudar o conceito de gestão das escolas. Se deu certo na saúde, vamos conseguir avançar mais na educação.”
Ele frisou que, de 1998 para cá, o PIB do Estado cresceu oito vezes, as exportações 10 vezes e houve avanço na agregação de valor da produção local, criando milhares de empregos e dando o tom do crescimento esperado para este ano. “Diversificamos a economia, dobramos os parceiros, realizamos programas de redistribuição de renda, diminuímos a desigualdade. Tivemos um crescimento produtivo, que significou melhor distribuição de renda. Este cenário reflete a nossa projeção de avanços econômicos”, disse.
Sobre o futuro, Marconi disse que a inovação é que vai ditar os rumos da economia. “Acreditamos que a capacidade de se renovar do setor é que dará condição de crescimento”, destacou. Para finalizar, citou o eixo Goiânia-Brasília como de maior potencial para investimentos e destacou que Goiás está focado em competitividade. “Estamos trabalhando para chegar entre os primeiros mais competitivos do País”, assegurou.
Alicerce
Um dos alicerces do Estado nesta jornada de crescimento foram os incentivos fiscais e a segurança jurídica nos negócios firmados pelo Estado, por meio de sua política de fomento e captação de novos negócios, afirmou o governador Marconi Perillo. “Tivemos R$ 1,5 bilhão de investimentos confirmados nos últimos 12 meses. Em plena crise econômica que atravessa o País, temos em Goiás investimentos acontecendo. É claro que não somos uma ilha. Também sofremos os efeitos da crise. Mas procuramos contorná-los com criatividade e sensibilidade”, afirmou.
Ele revelou que o governo de Goiás negocia hoje R$ 1,1 bilhão em novos investimentos no Estado, até o final do ano, junto a indústrias do setor de alimentos e bebidas, mineração, logística e serviços.