Pai e madrasta serão julgados pelo assassinato de menino Bernardo
Redação DM
Publicado em 14 de agosto de 2015 às 00:21 | Atualizado há 10 anosTom Carlos
O juiz Marcos Luís Agostini, responsável pelo caso do menino Bernardo (que chocou o País em 2014), pronunciou quatro acusados de participar da morte do menino Bernardo Boldrini, ocorrida em abril do ano passado, no Rio Grande do Sul.
O corpo de Bernardo, assassinado aos 11 anos, foi encontrado em 14 de abril de 2014. A criança estava enterrada em um matagal em Frederico Westphalen, distante 80 Km de Três Passos, onde ele residia.
Na linguagem penal, pronunciar é anunciar que os acusados e suspeitos serão levados ao Tribunal de Júri. O magistrado disse que existem provas de materialidade e indícios suficientes de autoria. O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri decidirá se os acusados são ou não responsáveis pela morte. Eles acompanharão uma sessão de acusação e defesa, envolvendo advogados e promotores. Não existe ainda data para o tribunal do Júri.
Os quatro irão a júri popular, mas cabe recurso da decisão. O pai do garoto, o médico Leandro Boldrini, e a madrasta Graciele Ugulini, além dos irmãos Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz, responderão no tribunal pelo homicídio qualificado e ocultação de cadáver, dentre outros delitos.
A Polícia Civil constatou que a madrasta teria aplicado uma superdose do sedativo Midazolam na criança. Segundo o processo penal, Edelvânia confessou o assassinato. Ela apontou o local onde a criança foi enterrada. Nas investigações, Polícia e Ministério Público concluíram que Evandro teria auxiliado a esconder o corpo de Bernardo. Já Leandro Boldrini teria sido o mentor do crime na visão dos acusadores.