Política

PMDB destaca gestão de Paulo

Diário da Manhã

Publicado em 13 de agosto de 2015 às 00:15 | Atualizado há 10 anos

O prefeito Paulo Garcia (PT) recebeu na manhã de ontem dirigentes do PMDB e ouviu deles elogios à sua administração. “Nós, PMDB, fazemos parte da gestão. Queremos, a cada dia, melhorar ainda mais a gestão, que acreditamos estar avançando, em uma agenda positiva”, afirmou o deputado estadual Bruno Peixoto, presidente metropolitano do partido.

Vereador e secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia, Paulo Borges (PMDB), destaca obras como o BRT Norte-Sul e o Corredor da T-7 e aponta visita como maneira de integrar os dois partidos: “Várias iniciativas estão sendo feitas pela administração. Encontros são forma de caminharmos juntos. Não podemos fechar os olhos também que neste momento estamos tendo R$ 1 bilhão de investimentos na cidade de Goiânia. Somos partícipes disso. Estamos trazendo o PMDB nessa forma mais próxima de estar participando e se inteirando da cidade”, afiança.

Também presente na reunião, o vice-prefeito Agenor Mariano, também ressalta o bom momento da administração e lembra que o PMDB, como partícipe da aliança, é responsável pelos erros e acertos, e entende que o momento atual – exitoso –, é fruto do trabalho de todos.

Paulo Garcia classificou  o encontro  como “uma conversa de parceiros nessa administração, de componentes de governo”. Na oportunidade o prefeito fez convite a bancada estadual do partido aliado para visitar as obras Macambira-Anicuns, que está em fase avançada de inauguração de alguns trechos. “Também vou convidar a bancada do PT e já convidei a reitoria da PUC-GO”, frisa. A data para a visita ainda será agendada com os grupos.

A visita confirma a reaproximação do partido do ex-prefeito Iris Rezende à administração petista. Na semana passada, em declarações publicadas no DM, Iris reforçou a necessidade de manutenção da parceria entre ambos partidos: “Enquanto a aliança (com o PT) proporcionar resultados positivos para a população não tem porque desfazer”, orienta.

O PT vive um bom momento na prefeitura. Paulo Garcia superou as dificuldades iniciais como a queda na receita (que levou à precarização dos serviços) e retomou as frentes de obras, além de normalizar a rotina da prefeitura na coleta de lixo, ajardinamento, iluminação e pagamento dos fornecedores. O boom de realizações, que se expressa numa rubrica de R$ 1 bilhão em obras lançadas em toda a cidade, reforçam o protagonismo de Paulo Garcia – e da máquina administrativa municipal –, nas eleições de 2016. No catolicismo há um dito: “não se reza para santo que não faz milagres”. Bem, para o PMDB, parece que Paulo Garcia já demonstra ares de “milagreiro”.

Bruno Peixoto salienta que o PMDB tem “obrigação” de ajudar e participar da gestão visitando as obras, acompanhando e sugerindo melhorias para a cidade. “Nós acreditamos nessa gestão, desde o início acreditamos. A prefeitura está dando seu melhor, com influência direta na melhoria da qualidade de vida do goianiense. Temos obrigação de estar presentes e participando de tudo porque é uma gestão compartilhada entre PT e PMDB”, acentuou o deputado estadual.

Questionado sobre o cenário político para as eleições de 2016 e a aliança PT/PMDB, Paulo Garcia assegura não ter tratado do assunto, alegando que está é uma “questão a ser discutida pelos órgãos partidários nas sedes partidárias. Política eleitoral e partidária não discuti. Isso deve ser feito no próximo ano nas instancias apropriadas”. Já Bruno Peixoto deixou uma brecha: “É evidente que, em 2016, resultados positivos para a Capital trarão ainda mais união entre PT, PMDB e partidos aliados”.

 

Obras e política

Com muitas obras para inaugurar no ano que vem como o BRT Norte-Sul, etapas do Parque Macambira-Anicuns, corredores de ônibus, escolas, creches, hospitais, asfalto, praças, parques etc, a prefeitura passa a convergir atenções de partidos, lideranças, vereadores e candidatos. Mas há outros aspectos relevantes na relação entre PT e PMDB: juntos ambos detém o maior tempo de televisão e rádio nos programas eleitorais, somando algo em torno de 7 minutos e meio de uma propaganda de 15 minutos para os candidatos majoritários e 15 para os proporcionais, totalizando 30 minutos no total. Iris Rezende, José Nelto, Bruno Peixoto e Agenor Rezende sabem fazer contas, e por saberem somar, têm ciência de que numa chapa os 3 minutos e 50 segundos do PT são três vezes maiores que os 1 minuto e 17 segundos do DEM. Noves fora nada, além do tempo, o PT tem muito mais militância, deputados e vereadores do que o DEM de Ronaldo Caiado, que administra o bloco do “eu sozinho”.

É possível que a solução para o impasse entre PT e PMDB comece a ser delineado a partir desta reunião. Se o DEM é hoje um aliado importante para o PMDB no Estado, com possibilidade de alianças em vários municípios, em Goiânia ele é um problema para a relação do PMDB com o PT, haja visto que o partido de Paulo Garcia, Lula e Dilma é alvo de ataques diários do líder do Democratas no Senado.

É possível haja o entendimento de que a aliança entre PT e PMDB é posterior ao atual entendimento com o DEM, e por ser mais antiga, tem preferência na Capital. O entendimento entre os dois partidos teve início em 2008, quando a ala majoritária do PT venceu o debate interno no partido e firmou  na sua convenção a aliança com o PMDB, indicando Paulo Garcia como vice de Iris e repetiu-se em 2012, na reeleição do próprio Garcia.

Dentro do PT, o próprio prefeito, além do presidente do partido, o deputado estadual Luis Cesar Bueno são defensores da aliança, que se manifesta nacionalmente com o vice-presidente Michel Temer. Lideranças como o deputado federal Rubens Otoni têm o entendimento de que onde for possível ou viável, deve ser feita a coligação entre as duas legendas.

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