Economia

Nadando contra a corrente para recuperar o crescimento

Redação

Publicado em 5 de agosto de 2015 às 23:26 | Atualizado há 10 anos

Helvécio Cardoso,Da editoria de Política&Justiça

Por que investir no Brasil neste momento de crise, quando todo mundo está pulando fora? Fizemos esta pergunta a Paulo Seabra (foto), diretor geral da NLMK na América do Sul. Com escritório central em São Paulo, a empresa multinacional está construindo uma fábrica no Paraná. É uma empresa que fabrica aços planos. Ela está investindo não só no Brasil como em outros países da América do Sul.  Esta semana, Seabra falou com exclusividade ao Diário da Manhã.

 

“Na visão estratégica da NLMK de longo prazo”, afirmou,   “considera-se que a economia Brasileira vai se recuperar. Outras crises já ocorreram e passaram”.

“Entendemos que as parcerias que a NLMK vêm construindo no Brasil em um momento de grandes desafios econômicos, fomentarão um crescimento vertiginoso da empresa no mercado brasileiro no momento em que ocorrer a recuperação. O Brasil detém a 7ª maior economia global, logo, é um mercado muito importante para não se participar. Adicionalmente, nosso planejamento não limita-se apenas ao Brasil, mas abrange um plano de startup em toda a América do Sul, sendo o Brasil a base principal. Em 2016 e 2017 iniciaremos operações em pelo menos mais 3 países da América do Sul”, informa.

 

A vantagem competitiva da empresa está em operar num mercado pomissor e com pouca gente nele atuando.

“Nosso nicho são os aços especiais e no Brasil ainda há uma carência de oferta destes tipos de aços, principalmente por limitação na produção nacional e pouca concorrência internacional. Logo, independente da crise econômica, hoje há um mercado que necessita de opções de fornecedores de aços especiais com condições comerciais competitivas e de qualidade para justamente apoiar o aumento da competitividade da indústria Brasileira, que é o que o Brasil precisa muito hoje para reverter o cenário atual”, afirma o executivo.

 

Goiás não está nos planos imediatos da NLMK, mas Seabra não descarta a possibilidade de estabelecer aqui uma unidade da empresa. Afinal, o Estado de Goiás já está operando a Ferrovia Norte Sul, ligando Anápolis a Itaqui, no Maranhão, passando por Imperatriz, onde cruza com a Ferrovia Carajás. O governo goiano tem um programa ótimo de incentivos fiscais que vem atraindo muita fábrica para cá. Diante disso, perguntamos ao empresário, passaria pela cabeça de vocês se estabelecerem também por aqui?

Paulo Seabra responde:

 

“Observamos um grande potencial no Estado de Goiás. Inclusive, já distribuímos nossos aços especiais no Estado de Goiás. Estamos atentos às oportunidades regionais e sempre consideraremos nos estabelecer nas regiões que estão crescendo e com estímulos governamentais, como Goiás”.

 

Seabra informa que empresa ainda não está listada na Bovespa, mas mas seus papéis já estão sendo negociados nas bolas de Londres e de Moscou.

“A NLMK está listada na bolsa de Londres e Moscou. As ações da NLMK têm conseguido um desempenho muito positivo, principalmente pelos excelentes resultados financeiros e altos índices de produtividade. Em 2014 nossas usinas operaram com 96% da capacidade instalada de produção de aço, com faturamento total de USD 10.4 bilhões com EBITDA de USD 2.4 bilhões = margem de 23%, informa Seabra.

 

 


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