Cultura

Sobrevivente do Holocausto, Nanette Blitz Konig lança livro sobre sua história

Redação DM

Publicado em 11 de julho de 2015 às 23:41 | Atualizado há 10 anos

Levou 70 anos para que a holandesa Nanette Blitz Konig, hoje com 86, pusesse no papel os horrores que ela e sua família viram e viveram a partir de 1940, quando os soldados alemães chegaram a seu país. Foram cerca de três anos de apreensão até uma manhã de setembro de 1943, quando as batidas na porta anunciaram que chegara a vez deles. Eles sabiam que seriam levados a algum campo – se de extermínio ou de trabalho forçado não tinham ideia. E aí começa o fim da história dessa família (pai, mãe, uma menina de 14 anos, um menino de 16) de origem judaica, mas não muito religiosa, que seria exterminada, como tantas outras, pelo capricho de Hitler. Nanette não sabe como, mas aguentou firme até o final. Quando os ingleses libertaram Bergen-Belsen, ela pesava 31 quilos. Estava viva – e sozinha no mundo.

“Sou da opinião de que se alguém, por acaso, sobreviveu, e é por acaso mesmo, porque não conseguiram matar por alguma razão, essa pessoa tem a obrigação de dizer que o Holocausto existiu com todas as suas horrendas brutalidades. É preciso saber o que aconteceu, e não foi pouca coisa”, diz ao Estado, na casa em que vive desde os anos 1950, em São Paulo. Foi aqui que ela recomeçou a vida e construiu uma nova família.

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