Opinião

Jesus Cristo e os “dias abreviados”!

Redação DM

Publicado em 9 de junho de 2015 às 03:27 | Atualizado há 10 anos

 

Quando iniciei esta “série” fui duramente criticado e o adjetivo “blasfemador” foi um dos mais utilizados. Confesso, aliás, já confessei por aqui, que odiei e adiei por anos a “tarefa”, a “missão”, o “carma” (sei lá), como queiram!, de escrevê-la porque previa tudo isto e, mesmo depois das advertências de algumas pessoas, entre elas, (e certamente a mais contundente), a da minha querida e saudosa Consuelo Nasser (1938-2002), que em 1999 advertiu-me: “O senhor vai levar isto para o túmulo?” – referindo-se, claro, entre outras, às pesquisas sobre o “Filho do Homem” que realizo desde pequenininho, calça curta mesmo. Bem, conforme menciono parágrafos longos, extensos, afugentam leitores, ainda mais quando o autor começa a deixar a modéstia de lado.

No ano “passado”, o misericordioso leitor assíduo talvez se lembre, foi publicado o artigo intitulado: “Jesus Cristo vestido de menina?” Uma interrogação, mais uma ficção e a escancarada, claríssima intenção do autor de causar um impacto para atrair a atenção dum eventual leitor e, além disso, estava e está – o tal do título, nesta minha egocêntrica avaliação – bem condizente com o texto, com a estória, e estória com “e” não com “h”, que fique bem dito. É, afinal, não posso reclamar pois, de fato, atraí a atenção de muitos “eventuais leitores”, entretanto, quem ler com imparcialidade haverá de comprovar, tenho certeza, que não blasfemei, mas, é vero, eu deveria ter feito o que faço agora, dado uma explicação, uma satisfação aos leitores que não estão acostumados com essa minha maneira de ser quando me exprimo escrevendo, com muitas aspas, mas, “sem papas” nos dedos, é…, desculpem-me mesmo, esqueci-me dos “mais sensíveis”, das “crianças”, porque “vivo pensando” que este Caderno é única e exclusivamente para os “maduros”, afinal, não, não, não, não! Vou parar com isso porque nem Jesus Cristo agradou “todo mundo”, não é mesmo? Bem, então, que fique bem registrado: o artigo “Jesus Cristo vestido de menina?” nunca pretendeu ser nada além daquilo que é: uma peça de ficção sobre a fuga do “Menino Jesus” da cidade de Jerusalém, especificamente de Belém e circunvizinhanças, aonde cerca de vinte meninos de até dois anos foram mortos por decreto do louco Herodes na tentativa de eliminar o “Menino Jesus”, logo depois de ser enganado pelos “reis magos” que não voltaram para lhes dizer onde estava o predestinado “Rei dos Judeus”. O número de crianças assassinadas foi calculado levando-se em “conta” o desenvolvimento populacional da cidade de Belém, hoje com cerca de 30.000 habitantes. Nos artigos subsequentes salientei que o número de “reis magos”, “astrólogos” ou “astrônomos” que foram visitar Jesus na manjedoura não são mencionados na Bíblia, somente num evangelho apócrifo. Pode até ter sido três, mas, as religiões orientais e muitos historiadores e teólogos afirmam que a caravana, que veio do Egito e de diversas outras partes do mundo “conhecido”, inclusive da Índia, era imensa, com doze “reis magos”, não três. Também, naquela época, como hoje em dia, aquele deserto era infestado de criminosos, assassinos, ladrões, enfim… Os presentes não foram somente três, como a maioria pensa. Vou transcrever o texto de Mateus, o único evangelista a narrar tal episódio. Está logo no princípio, no Cap. 2, ei-lo:

¹¹ “E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram, e, abrindo os seus tesouros, lhe ofertaram dádivas: ouro, incenso e mirra”.

Ora, na Grécia, até hoje, é costume. Você não pode dar um presente para um recém-nascido que não seja de ouro, nem que seja um anelzinho. Daí pode-se deduzir, facilmente, que a maioria dos “reis magos” trouxe presentes de ouro e alguns “magos”, os que vieram de outros lugares, trouxeram mirra e incenso… Bem, eu acabei por estender-me por dar satisfações, desculpas com respeito aos meus artigos anteriores e não fiz jus ao título, repetindo: “Jesus Cristo e os “dias abreviados.” Acontece que o Mestre afirmou que no “final dos tempos” os dias seriam abreviados ou “encurtados”. Vou transcrever o texto de Mateus, agora do Capítulo 24, ei-lo:

²² “E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias.”

A minha base de crença e fé na Bíblia consiste no fato dela, sempre, inequivocamente, revelar-se verdadeira diante das especulações e “descobertas” filosóficas e científicas com respeito à magnifica e misteriosa vida, sua evolução e complexidade, então, como assim os dias ficaram mais curtos? Seria o amontoado de “coisas” que passamos a ter que fazer com o advento da televisão, internet e etc.? Não! O físico alemão Winfried Otto Schumann (1888-1974) constatou que há um campo eletromagnético à cerca de 100 Km acima das nossas cabeças e pulsa como um marca-passo, à razão de 7,83 p/s, que seria o ritmo que definiria o funcionamento correto da vida animal e vegetal aqui na Terra. O teólogo Leonardo Boff, que colabora também aqui no Opinião Públicaescreveu sobre o assunto e a mudança desse ritmo a partir da década de 80. Para não “encompridar” este artigo, e cansar o misericordioso leitor, vou deixar o assunto para o próximo capítulo. Até.

 

(Henrique G. Dias, jornalista)

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