Opinião

Tolerância divina

Redação DM

Publicado em 5 de abril de 2015 às 02:15 | Atualizado há 10 anos

Weimar Muniz ,Especial para Opinião Pública

Dizia Jesus: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que dizem.” – Lucas, 23:34.

Diante de nossas tradições e culturas ocidentais, torna-se difícil a compreensão dos atos do Divino Pastor de nossas almas.

A distância espiritual que Dele nos achamos é a única diretriz capaz de explicar essa expectação.

E Jesus, sabendo-Se nosso irmão, não obstante a posição de alma purificada, debita a nossa atitude de então, e ainda de agora, a título de ignorância.

2 – Emmanuel, em “Alma e Luz” , dá-nos uma visão aproximada da ciclópica dimensão de Jesus, registrando:

“Ouvem-se as opiniões mais disparatadas no que concerne ao perdão e à tolerância de Deus.

Aprendizes levianos, a todo instante, referem-se ao problema, com mais infantilidade que espírito de observação e obediência.

São raros os que se compenetram da magnitude do assunto.

O perdão divino jamais será entendido no quadro da preguiça, do egoísmo pessoal ou da inconstância da criatura.

As palavras do Mestre, na cruz, oferecem um roteiro de pensamentos profundos, nesse sentido:

– “Perdoa-lhes, meu Pai, porque não sabem o que fazem”, representa uma sentença básica da responsabilidade que o assunto envolve em si mesmo.

Seu motivo profundo era o da ignorância em que os homens se mergulhavam.

Num momento, qual o do Calvário, em que a dor se lhe impunha ao Espírito Divino, Jesus roga o perdão de Deus para as criaturas, mas não esquece de assinalar o porquê de Sua solicitação.

O Mestre compreendia que não se deve invocar a tolerância de Deus sem razão justa, como nunca se abusa de um Pai abnegado e carinhoso.

3 – Relembrando que tolerância e perdão têm o seu lugar e circunstâncias próprios, que não se verificam “a esmo”, assim encerra a luminosa mensagem:

Tornava-se preciso explicar que o drama do Gólgota era forma de animalidade de quantos o rodeavam.

E a expressão do Cristo foi guardada no Evangelho, a fim de que todos os aprendizes venham a compreender que tolerância e perdão de Deus não são forças que se reclamem a esmo.”

 

(Weimar Muniz de Oliveira, magistrado aposentado, presidente da Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas (Abrame) e do Lar de Jesus, diretor da Federação Espírita do Estado de Goiás (Feego) e membro do Conselho Superior da Federação Espírita Brasileira (FEB). E-mails: [email protected] e [email protected])

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