Saúde

Hugo reforça treinamento do Protocolo de Morte Encefálica

Diário da Manhã

Publicado em 9 de abril de 2021 às 17:16 | Atualizado há 4 anos


Um treinamento com exigências rigorosas é feito para manter a equipe do Hospital de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) alinhada. A ideia é reforçar situações que já são de conhecimento dos trabalhadores da saúde, mas devem ser seguidos à risca, em caso de morte encefálica. A unidade é referência em captação de órgãos em todo o Estado.

“Nosso dever, antes de tudo e acima de qualquer coisa, é ter o respeito: pelo nosso paciente com possibilidade de se tronar um doador de órgãos, pela família daquela pessoa, porque passam por um momento de perda”, ressalta a enfermeira especialista em transplantes e presidente da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott), Tânia Lemos.

Por conta da pandemia provocada pelo coronavírus, Tânia Lemos fez questão de dividir as turmas, para evitar aglomerações, mas fazer com que todos os colaboradores possam receber a reciclagem do tema em horários diferentes, durante todos os turnos. A intenção é que todos possam ter acesso ao tema. “Ainda que alguns já tenham recebido esse treinamento, queremos atingir não só os colaboradores novos da unidade, mas aqueles que já estão aqui há tempo. Ninguém pode achar que sabe tudo, correr o risco de esquecer qualquer detalhe, e tomar alguma medida errada durante esse processo”, esclarece.

A doação de órgãos ocorre mediante a autorização da família, mas para que isso aconteça, um processo longo e de muito critério é feito antes. O Protocolo de Morte Encefálica só é aberto depois de serem realizados exames que constatam a falta de atividade cerebral, e que descartem a reversibilidade do quadro. Depois disso, até que o protocolo seja fechado e o diagnóstico de morte cerebral é emitido, uma série de testes e exames são feitos numa rotina que segue rotinas estabelecidas por órgãos e entidades internacionais de Saúde.

PELO SIM

A empatia dos colaboradores é apontada pela presidente da Cihdott como primordial, no caso de uma possibilidade de doação de órgãos. A família do paciente, que está aflita durante o tratamento, precisa ser tratada com toda humanização. A enfermeira especialista garante que não é um trabalho de convencimento pela doação. “Nós não convencemos ninguém. O papel é fornecer informações sobre a possibilidade de doação de órgãos. Se em qualquer momento de todo o processo a família negar, tudo o que foi feito anteriormente é interrompido, sem nenhuma possibilidade de retorno”, explica os critérios.

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