Anvisa atribui certificado de boas práticas a empresas comprometidas com vacina da Pfizer
Redação DM
Publicado em 29 de dezembro de 2020 às 19:35 | Atualizado há 4 anos
Segundo divulgação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta segunda-feira (28), as quatro empresas envolvidas no desenvolvimento da vacina da Pfizer/ BioNTech receberam o certificado de boas práticas de fabricação.
As referências foram enviadas pela Pfizer nos últimos meses e a análise finalizada no último sábado (26). A certificação é um dos pré- requisitos para o processo de registro do imunizante.
Quatro empresas participam do processo de fabricação da vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech, contra o novo coronavírus. A Anvisa declarou que já dispõe de informações suficientes de três delas quanto ao cumprimento das boas práticas de fabricação.
Segundo a agência, a certificação dos estabelecimentos faz parte dos esforços do órgão para a “disponibilização de vacinas com qualidade, segurança e eficácia para a população, no menor tempo possível”.
Ainda conforme a Anvisa, a verificação do cumprimento das boas práticas de fabricação dessas empresas está sendo feita de diferentes formas. Uma empresa já conta com inspeção feita diretamente pela agência, duas foram inspecionadas por autoridade reguladora proporcional e a quarta ainda enviará informações requeridas pelo órgão, após a análise técnica inicial.
O Ministério da Saúde comprovou um memorando com a Pfizer para a aquisição de 70 milhões de doses da vacina desenvolvida pelas empresas, o suficiente para imunizar 35 milhões de brasileiros. A previsão inicial é de que o país tenha 8,5 milhões de doses no 1° semestre de 2021 e outras 61,5 milhões no 2° semestre.
O imunizante desenvolvido pela Pfizer/ BioNTech foi o elegido para começar as campanhas de vacinação em vários países da União Europeia, que estimam a entrega de até 12,5 milhões de doses até o final deste ano.
Ela também é consumida no Chile e no México, que começaram a vacinação ainda na última quinta-feira (24). E nos Estados Unidos, onde o acordo firmado garante a entrega de 200 milhões de doses até julho de 2021.
No mês de novembro, as empresas constataram os testes clínicos da fase 3 e divulgaram que o imunizante tem eficácia de 95% contra o coronavírus, sem efeitos colaterais graves.
Na última semana, a Anvisa autorizou o Certificado de Boas Práticas de Fabricação para as parcerias Sinovac/ Instituto Butantan e Astrazeneca/ Fiocruz.
Segundo o Estadão, de acordo com a agência, nenhuma empresa submeteu ainda o pedido de registro da vacina em território brasileiro, nem para uso emergencial.