Cidades

Servidor público confessa em vídeo ter matado a namorada em Palminópolis

Quézia Ramos

Publicado em 13 de agosto de 2020 às 13:59 | Atualizado há 5 anos

O servidor público Wellington Ribeiro da Silva confessou em um vídeo feito pela Polícia Militar que matou a namorada e colocou o corpo no porta-malas do carro em Palminópolis, região central de Goiás. Ele, que foi preso, disse que a golpeou com uma barra de ferro. Depois disso, foi em casa, tomou banho e seguiu para Goiânia.

O corpo de Solange Aires dos Santos, de 43 anos, estava dentro
do porta-malas e sujo de sangue na lataria. Policiais que patrulhavam o local pela
madrugada de quarta-feira (12) viram o veículo parado e foram verificar a
situação.

O suspeito contou que os dois mantiveram um relacionamento por
cerca de oito meses e que eles estavam no carro a caminho de Goiânia quando
começaram a brigar.

“Ela começou a discutir comigo dentro do carro, pegou o ferro e começou a me atacar. Ela parou o carro, eu desci e ela veio atrás. Eu consegui tomar o ferro e bater na cabeça dela. Eu creio que foram quatro ou cinco. ”, disse.

Na
sequência da gravação, ele diz que colocou a vítima no porta-malas e foi
embora. “Vim para Palminópolis, tomei um banho e vim para cá [Goiânia]”,
completou.

Em
depoimento à Polícia Civil, o servidor público disse que tinha agendado um
curso de motorista de ônibus na capital e que a namorada disse que precisava
retornar a Paraúna, cidade em que morava, no mesmo dia e reclamou do horário da
viagem.

“Ela
começou a falar que estava com muita pressa e eu disse que não precisava ter
vindo”, contou Wellington no vídeo feito pela PM.

O
caso é investigado como feminicídio e ele segue preso no presídio de
Firminópolis.

Um
parente de Solange, que não quis ter o nome divulgado, disse que toda família
está em choque com o crime. “Foi um crime bárbaro, um ato de crueldade.
Esperamos que seja feita justiça, vamos fazer de tudo para ele ficar preso”,
contou.

O
corpo de Solange foi enterrado às 7h desta quinta-feira (13) no cemitério de
Paraúna. Ela deixa três filhos.

Ela
era pré-candidata a vereadora pelo PSL. O partido divulgou uma nota lamentando
o crime e se sensibilizando com a dor da família. “Reivindicamos a pronta
investigação, resposta e punição dos autores deste cruel crime, aparentemente
de feminicídio”, diz o comunicado.


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