Cultura

O Fantasma da ópera ainda está aqui… dentro de sua mente!

Redação DM

Publicado em 25 de janeiro de 2016 às 21:29 | Atualizado há 6 meses

O amor controlador e obsessivo de um homem desfigurado, mascarado e cheio de mistérios por uma inexperiente, mas talentosa cantora. Tudo isso regado a um cenário enfumaçado cheio de velas e canções dramáticas, que se consagraram junto ao imaginário do público – principalmente dos roqueiros. Esta é a tônica do musical “O Fantasma da Ópera”, ou como é chamado originalmente: “The Phantom Of The Opera”, que há exatamente 28 anos entrava em cartaz, com 12 milhões de dólares em ingressos vendidos.

Em cartaz desde então no Teatro Majestic fez outros números históricos: se tornou o primeiro musical da Broadway a ultrapassar 10 mil performances. Se tornou ainda o show de maior duração da história da avenida mais cultural de Nova Iorque e é considerado a maior atração teatral de todos os tempos, já foi visto por 130 milhões de pessoas em 145 cidades em 24 países.

O álbum do musical está presente ainda na lista dos 200 álbuns definitivos no “Rock and Roll Hall of Fame”. Tal apanhado relaciona os melhores discos já produzidos por artistas ou bandas de toda a história da música mundial. Por estes motivos, se tornou ainda um dos sonhos de consumo mais cobiçados pelos turistas que desembarcam aos montes em Nova Iorque dispostos a pagar cerca de  R$500 para assisti-lo.

Os bastidores

Criado pelo produtor musical britânico Andrew Lloyd Webber, o espetáculo é baseado na novela homônima do escritor francês Gaston Leroux. O embrião do espetáculo nasceu em 1984, quando Webber convidou o co-produtor de Cats, Cameron Mackintosh, para propor um novo musical.

Webber estava pensando em uma peça romântica, e assim, veio em sua cabeça o livro de Gaston Leroux. Para construir o musical examinaram tanto o filme de 1925 e o filme de 1943, mas não identificaram uma forma eficaz de transportá-los para os palcos. Foi somente algum tempo depois, que o compositor encontrou uma cópia de segunda mão do romance de Leroux, que forneceu a inspiração necessária para desenvolver o musical.

“Eu estava tentando escrever outra coisa no momento, e eu percebi que a razão pela qual eu estava preso era porque eu estava tentando escrever uma grande história romântica, e eu estava tentando fazer isso desde que comecei a minha carreira. Então, com o Fantasma, eu tive está chance”, disse Webber.

Antes da Broadway, uma prévia do primeiro ato do musical foi encenada na casa de Lloyd Webber e no Majestic Theatre de Londres. A primeira noite de estreia em Nova Iorque foi o ator Michael Crawford, que interpretou o célebre Fantasma. Já, a inocente Christine era vivida pela jovem soprano Sarah Brightman.

Assim como sua personagem, a estrela do espetáculo ainda era pouco conhecida, gerando desconfianças e comentários maldosos, que diziam que Sarah conseguiu o papel apenas por ser casada com Webber. Mesmo assim, o musical mostrou a que veio: ganhou oito prêmios Tony, incluindo os de Melhor Musical, Ator e Encenador.

O ator Howard McGillian foi o artista que mais vezes interpretou o Fantasma (foram cerca de 2 mil sessões). Em uma entrevista, ele contou que só para a maquiagem levava quase duas horas. “Eu era um nadador de longas distâncias na escola, talvez isso me tenha dado alguma resistência”, comentou numa entrevista ao “Newsday”.

Enredo

A história que McGillian ajudou tão bem a contar – e cantar – se estende  ao longo de duas horas e meia – com um intervalo de 20 minutos entre seus dois atos. O roteiro é sobre mais um amor impossível ambientado no século XIX, na Ópera Garnier em Paris.

Tudo começa quando a jovem cantora Christine substitui Carlota, uma das cantoras mais mimada do espetáculo. Logo na estreia da nova cantora, o Fantasma, um homem misterioso e com rosto desfigurado se encanta com sua voz e se apaixona. Mas, não demora até o fantasma notar que possui um forte rival: o Visconde Raoul, um amor da infância de Christine.

Mesmo se mostrando de uma obscuridade e maldade sem tamanho, a cantora se vê dividida entre o amor por Raoul e a perigosa fascinação pelo Fantasma. Esta situação é o que dá o tom para uma das mais lindas e comoventes histórias de amor, perdão, renuncia e regeneração já escritas.


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