Cotidiano

Ex-vice de Cristina teria boate em sala de banco estatal

Redação DM

Publicado em 15 de janeiro de 2016 às 04:05 | Atualizado há 10 anos

BUENOS AIRES – O nome do ex vice-presidente argentino, Amado Boudou, processado por corrupção, costuma estar envolvido em escândalos. O último deles foi a descoberta, numa sala que pertencia a ele no estatal Banco de la Nación Argentina, de uma espécie de boate, com ‘luzes psicodélicas e aparelhos de som’. O “Clarín” revelou a informação citando o novo presidente da instituição, o economista Carlos Melconián.

Foi necessário contratar um chaveiro para abrir a porta da sala que Boudou, segundo informaram as novas autoridades do banco, usava “em momentos de descanso”.

O ex-vice do governo Cristina Kirchner foi um dos funcionários mais questionados da era Kirchner e um dos que mais problemas deverá enfrentar nos próximos meses nos tribunais de Buenos Aires. Boudou está sendo investigado por enriquecimento ilícito e pelo chamado caso Ciccone.

O ex-vice foi processado por ter cometido os delitos de suborno e negociações incompatíveis com a função pública em 2010, quando era ministro da Economia. Na época, segundo determinou a Justiça quando Boudou era vice de Cristina e presidente do Senado, o então funcionário favoreceu a empresa gráfica Ciccone, que conseguiu superar um processo de falência e, pouco tempo depois, 70% da empresa, onde são impressas as células do peso argentino, foi comprada pelo fundo de investimentos The Old Fund, que pertencia a um suposto testa-de-ferro de Boudou, identificado como Alejandro Vanderbruele.

Ainda durante o governo de Cristina e com o processo em mãos da Justiça, o Congresso expropriou a Ciccone, sem nunca informar quem era seu dono anterior. A bancada kirchnerista chegou a derrubar seis pedidos de impeachment contra Boudou.

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