Opinião

Sintomas de diabruras

Diário da Manhã

Publicado em 8 de janeiro de 2016 às 22:57 | Atualizado há 4 meses

Existe um ditado popular que diz: “Barata nunca come melado e quando come se lambuza.”  Essa é a cara do PT reconhecidamente por ninguém menos que Jacques Wagner, ministro da Casa Civil em entrevista dada à Folha de SP. Como era de se esperar, o PT reagiu. Reagiu como reacionários que são, mas todos os brasileiros estão conhecendo agora a índole petista. E por falar na declaração do ministro, seria bom o ministro explicar o que faz Mario Negromonte no TCM da Bahia, seu Estado de origem, quando é acusado na delação premiada de Rafael Angelo de ter recebido deliveries que oscilavam entre R$ 50 mil e R$ 200 mil. O petista não tem do que se orgulhar, pois o líder do governo na Câmara, José Guimaraes, é conhecido por ter carregado dinheiro na cueca, e o ministro chefe de Comunicação Social, Edinho Silva, foi acusado por Ricardo Pessoa, dono da UTC, de ter recebido propina como doação eleitoral para a campanha de Dilma. A presidente tem que fazer a faxina prometida e não fazer vista grossa, pois seu governo tem mais lama que a sofrida mineradora Samarco, em Mariana. Pare de sonhar e jogar conta nos ombros dos trabalhadores. Quem fez o diabo raspando o dinheiro do cofre deve agora chamá-lo para encher. O povo está olhando todas as diabruras e saberá cobrar. Aguarde.

(Izabel Avallone, via e-mail)


Não é, não, dona Dilma! A volta da CPMF não é uma questão de saúde pública!

Ela está sendo insistentemente pedida como sendo parte da solução para um problema crônico de incompetência do seu governo, que não tem disposição para atacar a real causa da atual penúria e da situação caótica da nossa saúde pública, que é o desvio de recursos que lá deveriam estar e que são usados para bancar o gigantismo da estrutura governamental, as ineficiências administrativas, as caríssimas propagandas enganosas, e tudo o mais que faz com que, no final, o bolso do contribuinte seja a solução mágica para tudo, mesmo todos nós tendo absoluta certeza de que nada vai mudar na saúde pública, com, ou sem a CPMF, porque a mentalidade dos que atualmente nos governam é imutável.

(Ronaldo G. Ferraz, via e-mail)


Ministério da Saúde

Leônidas Marques

Nomeações que aconteceram no governo da presidente Dilma Rousseff em dezembro de 2015, que só serviram para colocar mais minhocas na cabeça do povo do Rio de Janeiro que vai às ruas para demonstrar  insatisfação  com o desgoverno do PT e seus aliados. Inaceitável para a população do Rio de Janeiro, quiçá do Brasil, a nomeação para o Ministério da Saúde do deputado Marcelo Costa e Castro, um cidadão que desde o ano de 1980 deixou a medicina de lado para se dedicar à política. Seu desconhecimento da situação da saúde apareceu logo de cara ao nomear para a Coordenação de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, o “médico” Valêncius Wurch, inimigo público nº 1 da Lei 10216/2001, que determina cuidados psicossociais aos pacientes e não mais isolamento e internação. É pouco improvável que o ministro Marcelo Costa e seus padrinhos políticos desconheçam as barbáries que Valêncius determinou como tratamento aos internos do Hospital Dr. Eiras de Paracambi, durante os 10 anos sob o seu comando. O hospital foi fechado em 2012, depois de inúmeras denúncias de maus tratos impostos aos doentes pelo “diretor” Valêncius Wurch, cujas atitudes eram semelhantes às de Josef Mengele, o anjo da morte da 2ª Guerra Mundial. Certamente, a maioria dos idosos que visitava o Dr. Eiras levava para casa a imagem de um campo de concentração. Torturas, só torturas. Acorda Brasil, essas nomeações precisam ser revogadas.

(Leônidas Marques, via e-mail)


Bestificados estamos

Fachada Supremo Tribunal Federal

Miguel Reali Jr., jurista que, ao lado de Hélio Bicudo e Janaina Conceição, formulou o pedido de impeachment da Dilma Rousseff, acolhido na Câmara Federal, em esclarecedor artigo com o título “O povo bestificado”, publicado no Estadão, demonstra mais uma vez seu justo inconformismo com a decisão do Supremo, que rebaixa de forma inconstitucional as prerrogativas da Câmara, dando uma inédita supremacia com relação a esse evento ao Senado. Realmente nós também estamos “bestificados” com essa estranha decisão do STF! Já que a Câmara Federal, com 513 deputados eleitos pelo povo, não pode ser reduzida a pó, pelo jeito convenientemente, para um Senado, com apenas 81 parlamentares, somente para favorecer o governo neste provável, e por enquanto suspenso pedido de impeachment. E esses juristas citados que formularam esse pedido são altamente renomados (e com todo respeito, não de porta de cadeia) e conhecedores profundos da nossa Constituição. Desta forma, em seu texto, Reali Jr. detalha bem os artigos da Constituição, que legitimam a decisão do presidente da Câmara,  Eduardo Cunha, de ter acolhido esse pedido. E se a nossa Corte decidiu enfraquecer o Cunha, porque rompeu com o Planalto, e também por estar envolvido nas investigações da Lava Jato, não menos envolvido também está no Petrolão, o Renan Calheiros, um legítimo serviçal do governo… E por que então o STF dá esse estranho poder para o Senado de Renan?!… Ora, está certo o jurista Miguel Reali Jr. que, estupefato, afirma: “Como confiar no Supremo diante de construtivismo constitucional dessa grandeza?”

(Paulo Panossian, via e-mail)

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