Brasil

Pessimismo dos analistas

Redação DM

Publicado em 4 de janeiro de 2016 às 21:30 | Atualizado há 7 meses

Bem preocupado, assim como toda sociedade brasileira com o desenrolar da nossa economia ano de 2015, e também como que o então novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, apesar de competente, um estranho no ninho apodrecido do PT, poderia conduzir o improrrogável ajuste fiscal, fiz questão de guardar o caderno de Economia do Estadão, edição de 21/12/14, enriquecido com as perspectivas dos mais renomados especialistas em macroeconomia.  E confrontando com o publicado pelo mesmo jornal em 3/01/16, contendo também perspectivas de vários especialistas para este ano, podemos perceber que o início de 2015 era bem menos traumático com relação ao que se vislumbra, e os especialistas confirmam para 2016. Inclusive boa parte das criticas dos analistas recaia sobre o pífio superávit primário de 1,2% que almejava Levy. Mas, depois das descobertas criminosas das pedaladas fiscais, e queda de arrecadação, terminamos o ano com um déficit inédito de R$ 120 bilhões.  Também da queda não prevista do PIB de 4%. Déficit público dos mais altos do mundo! Juros idem!  Governo que não governa! Sem credibilidade! Sem grau de investimento! E sem a dignidade que pelo menos Joaquim Levy queria implementar nas contas públicas, e recuperar a economia. Mas, para 2016, a projeção é de mais um PIB negativo de 3%, e desemprego de 12%, ou corte neste ano de 2,2 milhões de empregos. Maior fuga dos investidores. E crise política, recheada com um provável impeachment da presidente, e de dezenas de políticos ameaçados de prisão por envolvimento no Petrolão, este quadro desolador, certamente promoverá mais incertezas e quebradeira de empresas em massa.  E um sonhado governo de coalizão muito mais distante…

(Paulo Panossian, via e-mail)


Muito aquém do esperado

opiniao2

É impressionante o nível de obtusidade desse pessoal que diz apoiar o governo do PT. Com o País às voltas com a maior crise econômica de que se tem notícia, e com as contas públicas em frangalhos, as lideranças das principais centrais sindicais, explicitando sua proverbial miopia, estão a condicionar o apoio ao governo ao fim do ajuste fiscal. “O País não suporta mais o receituário econômico, de ajuste  (…) é claro que a Previdência deve ser discutida, mas não é um quadro urgente…” disse o secretário-geral da CUT, Sergio Nobre. “Estranhei a defesa dele (Levy) das reformas previdenciárias e trabalhistas numa hora dessas”, disse o presidente da Força Sindical, Miguel Torres. Por seu turno, o presidente da UGT, Ricardo Patah, não deixou por menos: o governo corre “riscos” se apresentar reformas como o estabelecimento de idade mínima para aposentadoria pelo INSS, além de reformas na CLT. Parece claro que essa turma toma o efeito pela causa. Não foi o ajuste fiscal  – ainda pendente e feito precariamente, a trancos e barrancos –  que levou o País à situação atual, e sim a irresponsabilidade fiscal do desgoverno Dilma, seu populismo, sua gastança desenfreada e suas pedaladas fiscais que maquiaram dados contábeis. Fechar os olhos a isso e insistir nos mesmos equívocos do passado só agravará a situação atual, que já é das piores, mas esses chefetes trabalhistas – clientes das tetas do Estado –  mostram-se, mais uma vez, aquém do que deles poderia esperar o País. Vai cada vez pior o Brasil.

(Silvio Natal, via e-mail)


 

A ganância e a tornozeleira

Izabel AvalloneSegundo revela a jornalista Monica Bergamo na FSP, Delcídio Amaral, o senador petista  preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília,  tem claustrofobia, passa mal na prisão e conclui que “agora está só”. O senador aguarda a sua hora com possibilidade de além de perder o cargo, perder sua liberdade, este o maior bem que todo cidadão deveria   prezar. Mas a ganância para alguns vale mais que a honra, o caráter e a dignidade, como estamos assistindo nesses últimos tempos. A classe política perdeu seu status, está desacreditada e é desprezada pelo cidadão consciente. Delcídio, que estava acostumado com uma vida intensa, está só entre quatro paredes. Esses dias de angústia não deveriam servir para o senador abrir a boca e contar logo tudo o que sabe, já que sua vida foi exposta em rede nacional? Ou o senador prefere estar atrelado a uma tornozeleira, no conforto de sua casa, levando na sua consciência todo mal que praticou? A escolha é sua senador, assim como foram as demais que o levaram à prisão.

(Izabel Avallone, via e-mail)


Leia também

Siga o Diário da Manhã no Google Notícias e fique sempre por dentro

edição
do dia

Impresso do dia