Política

MP denuncia prefeito, servidores e empresários em Cromínia

Redação

Publicado em 3 de março de 2016 às 23:09 | Atualizado há 9 anos

O Ministério Público de Goiás ofereceu denúncia criminal contra o prefeito de Cromínia, Marcos Roger Garcia Reis, e outras 15 pessoas, pelos crimes apurados nas investigações da Operação Tarja Preta. Deflagrada em outubro de 2013, a ação desmontou um esquema de venda fraudada e superfaturada de medicamentos e equipamentos hospitalares e odontológicos para prefeituras goianas. Os fatos apresentados na denúncia foram apurados em um inquérito específico, desmembrado da investigação principal, que deu origem a 19 procedimentos investigativos. A peça acusatória foi encaminhada à Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás, onde tramitam os processos que envolvem chefes de Executivos municipais.

Além do prefeito Marcos Roger, conhecido como Marquim da Emater, foram também denunciados sua mulher, Márcia Pereira Borges Reis, que emprestou seu nome e sua conta bancária para auxiliá-lo a receber as vantagens indevidas; a secretária de Saúde, Ivone Aparecida Teles de Souza, atualmente afastada do cargo; a diretora de Controle Interno e responsável de fato pela comissão de Licitação, Paula Caroline Silva; o secretário de Finanças, Afrânio Tomaz da Silva, e o assessor jurídico Beno Dias Batista. Os réus ligados às empresas participantes das licitações são Edilberto César Borges, administrador e sócio oculto das empresas J. Médica e Pró-Hospital; a sócia da J. Médica, Jaciara Borges, e os filhos desse casal, Mariana Borges e Edilberto César Júnior, sócios da Pró-Hospital. Ligado a essas empresas, o vendedor Milton Machado Maia também foi incluído na peça acusatória.

A denúncia do MP aponta ainda a participação do empresário Vanderlei José Barbosa, o Baiano, sócio da Ideal Hospitalar, e dos vendedores dessa empresa Domingos Amorim da Silva e Fernanda Cristina Dias Sousa. Outros relacionados entre os acusados são representantes da empresa Protec, Cairo Guimarães Landim, e Socram, Samuel Sousa Melo.

Por envolver prefeito, a denúncia oferecida no TJ-GO é assinada pelo procurador-geral de Justiça Lauro Machado Nogueira; o promotor designado para a Procuradoria de Justiça Especializada em Crimes Praticados por Prefeitos, Marcelo André de Azevedo, além dos membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Luís Guilherme Martinhão Gimenes, Mário Henrique Caixeta, Rafael Simonetti da Silva e Walter Tiyozo Linzmayer Otsuka.

A Tarja Preta desmontou uma organização criminosa que atuava tanto no pagamento de vantagem indevida a agentes políticos em troca de futura contratações com a administração pública, quanto na simulação de licitação e dispensas indevidas de licitações para compra de medicamentos, materiais hospitalares e odontológicos. Esses produtos eram superfaturados e, em alguns casos, sequer entregues. O crime de organização criminosa e formação de quadrilha foi objeto de denúncia em autos separados.


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