Baile do Rubi 2015 deixou dívidas de R$ 350 mil, diz presidente
Redação DM
Publicado em 9 de abril de 2016 às 02:57 | Atualizado há 9 anosO endividamento de R$ 23,8 milhões apontado por auditoria do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na seccional goiana tem como um dos fatores a última edição do Baile do Rubi, tradicional festa da advocacia, que foi realizado em agosto do ano passado pelo ex-presidente Enil Henrique de Souza Filho. O evento, que custou R$ 700.334,84 (setecentos mil trezentos e trinta e quatro reais e oitenta e quatro centavos), deixou déficit de R$ 350.904,84 (trezentos e cinquenta mil novecentos e quatro reais e oitenta e quatro centavos) para a atual gestão pagar.
Os números foram repassados pelo presidente Lúcio Flávio de Paiva à imprensa. “Eu posso dizer que estamos falando de déficit no Baile do Rubi de mais de R$ 350 mil. Déficit em festa, quando a advocacia está precisando de internet, de computadores novos, de reformas das salas, de equipar as salas com móveis, com servidores. É importante que a advocacia saiba que é chato para o novo gestor ficar recebendo cobrança diária de dívidas feitas na gestão anterior”, critica.
De acordo com o presidente, os valores dos serviços contratados para a festa são “exorbitantes” e representam gastos desnecessários. Só de uísque, Lúcio Flávio disse que teve de pagar neste mês de março o total de R$ 25 mil. “Uma dívida que me surpreendeu: o fornecedor do uísque do baile do Rubi veio nos cobrar. E aí nós pagamos, com juros, claro, porque estava atrasado, R$ 25.560,00 (vinte e cinco mil quinhentos e sessenta reais) de uísque para um baile que nunca antes teve esta bebida. Nas edições passadas, cada um levava o seu.”
Outros gastos que chamam a atenção no Baile do Rubi de 2015 são o buffett (R$ 281 mil); a decoração (R$ 104 mil); espumantes (R$ 8 mil); o cachê do artista (R$ 68 mil); passagens aéreas para artista e produção (R$ 19 mil); entre outros.
Jogos Olímpicos
Outra conta não paga no ano passado, mas quitada pela atual gestão, é referente aos Jogos Nacionais da Advocacia (Olimpíadas OAB), realizados em setembro, em Goiânia. De acordo com Lúcio Flávio, a dívida do evento ficou para a atual gestão pagar e totaliza R$ 356 mil.
“Fizeram, literalmente, graça com o chapéu alheio. Esta gestão está se virando e apertando o cinto para honrar o supérfluo. Não que esporte não seja importante, mas isso é supérfluo em relação à situação do país. E eu pergunto: se as Olimpíadas da OAB foram em setembro, naquela época será que os gestores da OAB não sabiam da situação de descontrole financeiro?”, questiona o presidente. (Com informações do site A Redação)