Brasil

Esclarecimentos sobre espionagem em Brasília

Redação DM

Publicado em 18 de abril de 2025 às 12:58 | Atualizado há 2 semanas

Em um dia marcado por intensa expectativa, o atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, e seu antecessor, Alessandro Moretti, prestaram longos depoimentos à Polícia Federal em Brasília. As oitivas, que se estenderam por horas, investigam um suposto esquema de espionagem durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, envolvendo possíveis monitoramentos indevidos de autoridades paraguaias.

Depoimentos simultâneos

Os dois dirigentes chegaram à sede da PF em horários diferentes, sendo que Moretti permaneceu por mais tempo, deixando o local às 23h, após um total de oito horas de depoimento. A estratégia de ouvir os dois em salas separadas visa evitar que suas declarações se influenciem mutuamente, uma prática comum em investigações sensíveis.

As questões levantadas durante os depoimentos também podem abranger a alegação de que integrantes da atual cúpula da Abin, nomeados pelo governo Lula, teriam interferido nas investigações, dificultando o acesso a informações relevantes. Este fator levanta preocupações sobre a continuidade e a transparência das apurações, em um contexto político já conturbado.

Reuniões e esclarecimentos

No mesmo período, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, convocou Corrêa para uma reunião emergencial com o intuito de discutir as revelações sobre o monitoramento de autoridades paraguaias. O encontro, que contou com a participação do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, teve como objetivo averiguar as informações que circulavam na imprensa, destacando a importância de um gerenciamento responsável das atividades da Abin.

O próprio Corrêa se colocou à disposição para esclarecer quaisquer questões sobre sua gestão e os atos do governo anterior, em uma tentativa de manter a Abin longe de polêmicas que possam comprometer sua credibilidade e eficácia. À medida que a investigação avança, a necessidade de transparência se torna ainda mais premente, em um cenário onde a confiança pública nas instituições é crucial para a estabilidade política e social do país.


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