EUA enfrentam crise de terras raras após restrições chinesas
Redação DM
Publicado em 18 de abril de 2025 às 18:41 | Atualizado há 2 semanas
A crescente tensão entre China e Estados Unidos se intensifica com a recente decisão da China de restringir a exportação de terras raras, minerais essenciais para diversas indústrias, incluindo tecnologia e defesa. Esta manobra não apenas provoca um choque nas relações comerciais, mas também expõe a vulnerabilidade da economia americana diante de sua dependência desses recursos.
Dependência crítica
Os Estados Unidos, antes autossuficientes em minerais raros, agora dependem em grande parte das importações chinesas. De acordo com um relatório da Agência Internacional de Energia, cerca de 70% das importações americanas de metais e compostos de terras raras nos últimos anos vieram da China. Essa dependência levanta preocupações sobre a segurança nacional, especialmente em um momento em que as tensões geopolíticas entre os dois países aumentam.
A decisão chinesa de controlar a exportação de terras raras é vista como uma resposta direta às tarifas de importação impostas pelos EUA. Os minerais raros são fundamentais para a produção de tecnologia de ponta, desde smartphones até componentes usados em aeronaves militares. Com a restrição, a produção americana pode sofrer atrasos significativos, impactando setores críticos.
Possíveis soluções
Diante dessa nova realidade, o governo dos EUA, sob a liderança do presidente Donald Trump, está buscando maneiras de aumentar a produção interna de minerais críticos e diversificar suas fontes de abastecimento. No entanto, especialistas alertam que a construção de uma cadeia de suprimentos autossuficiente levará tempo e investimento considerável.
Além disso, as alternativas como a exploração de reservas na Groenlândia e a cooperação com países como a Ucrânia foram levantadas, mas a complexidade geopolítica e os custos envolvidos trazem desafios adicionais. Enquanto isso, a indústria americana está em uma corrida contra o tempo para encontrar soluções que possam mitigar os efeitos das restrições chinesas e garantir sua competitividade no mercado global.