Uma final antecipada para eternidade dos Nerazzurri
DM Redação
Publicado em 7 de maio de 2025 às 16:02 | Atualizado há 21 horas
A Inter de Milão fez por merecer voltar à final da Liga dos Campeões. A semifinal com mais gols na história da Champions League começou com 3 x 3 em Barcelona e terminou com 4 x 3 colossal em Milão. Em busca do tetra continental, os comandados de Simone Inzaghi se apresentam ainda mais prontos do que contra o Manchester City em 2023, com um estilo de jogo mais consolidado e a compreensão coletiva de posição e função que entusiasmam a torcida de azul e preto.
Depois de uma partida de ida de virtudes, mas de erros, a Inter contava e muito com o fator casa e o seu torcedor. Em Giuseppe Meazza lotado e tingido de preto azul, os Nerazzurri impulsionaram seus soldados com uma grande atmosfera. Nos primeiros 45 minutos: muita superioridade, em transições e roubadas. E a garra, determinante para atuações estupendas de Lautaro, Thuram, Dumfries e Dimarco.
Por outro lado, no entanto, o mágico Barcelona ressurgia no segundo tempo, nos pés de uma nova joia extremamente rara, com uma esquerda extraordinária e capaz de guiar o time por puro dom. Gerard Martín brilhou com duas assistências em seis minutos, para Eric Garcia e Dani Olmo escancarem ao mundo mais uma vez a força do “tik-taka” – nos moldes do alemão Hansi Flick.
E quando estava em baixa ao longo do duelo, Raphinha marca o gol da virada e, assim, se desenhava um roteiro de melhor do mundo. No entanto, o zagueiro Accerbi – no auge dos 37 anos, depois de superar duas vezes o câncer, a depressão após a morte do pai e o alcoolismo – entendeu como a grande oportunidade de mudar a trajetória da cidade de Milão, ao balançar as redes no último minuto como camisa 9.
Já numa prorrogação totalmente imprevisível dado os últimos 90 minutos, a história do herói improvável, conhecido como Frattesi, surgiu novamente. Decisivo em Munique nas quartas de final, proporcionou tanta euforia no quarto gol que sentiu tontura e provocou mal-estar em alguns torcedores no estádio. Certamente, o gol de sua vida (até aqui, a ver na decisão).
Por último, mas o mais importante: Yan Sommer. O goleiro foi o melhor do confronto desta terça-feira ao operar “milagres” e é preciso agradecê-lo pelo primor de desempenho. Não dormirá facilmente hoje.
Aos catalães, devem sair de cabeça erguida por praticarem o mais belo futebol. São pertencentes novamente à essência que alçou este clube ao topo do mundo várias vezes. O futuro é claro com Hansi Flick e Lamine Yamal.