Economia

Mercadante defende Haddad e sugere taxar bets como alternativa à alta do IOF

DM Online

Publicado em 26 de maio de 2025 às 14:10 | Atualizado há 2 dias

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, defendeu nesta segunda-feira (26) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e propôs o aumento da taxação das bets como alternativa à ampliação da alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Mercadante e Haddad participam de evento em alusão ao dia da Indústria no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no Rio de Janeiro. O ministro da Fazenda passou os últimos dias sendo alvo de críticas pela proposta de aumentar a alíquota do IOF em alguns casos.
Em discurso na abertura do evento, Mercadante disse que é preciso entender que a missão de Haddad à frente do ministério é reduzir o déficit e pediu uma postura mais colaborativa de associações de classe que saíram em protesto contra a medida anunciada na semana passada.
“Apenas soltar notas de protesto não resolve muito. Tem que trazer soluções”, disse o presidente do BNDES. “Eu já faço uma aqui, vamos aumentar os impostos sobre as bets, que corroem as finanças das famílias de baixa renda.”
Mercadante ressaltou que vê o aumento do IOF como uma medida restritiva de crédito que poderia garantir a queda da taxa Selic, mais danosa em sua opinião, já que tem impacto direto sobre a dívida do governo.
“Você não pode ficar sozinho segurando todo esse desafio gigantesco que nós temos pela frente”, afirmou Mercadante, dirigindo-se a Haddad.
A alíquota do imposto sobre a remessa desses recursos era zero, mas o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu instituir uma cobrança de 3,5%, o que poderia induzir maior retenção desses investimentos no Brasil e reduzir a procura por dólar. Diante da má repercussão, o Executivo recuou e revogou a mudança poucas horas depois.
O objetivo principal da medida lançada na quinta-feira (22) era aumentar a arrecadação para cumprir a meta fiscal deste ano. Mas as mudanças no imposto também tinham por trás um viés regulatório para manter o dinheiro no país e ajudar a reduzir a cotação do dólar frente ao real, de acordo com pessoas a par do tema ouvidas pela Folha.

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