Goiás

Buraco do inferno: o abismo de águas azuis que esconde um mundo desconhecido em Goiás

Redação Online

Publicado em 13 de junho de 2025 às 12:30 | Atualizado há 1 dia

A formação geológica se originou do colapso do teto de uma antiga caverna
A formação geológica se originou do colapso do teto de uma antiga caverna

Escondido em meio à vegetação densa do cerrado goiano, no município de Padre Bernardo, o Buraco do Inferno fascina pela combinação de beleza natural e riscos extremos. A dolina, com cerca de 100 metros de largura e 40 metros de profundidade visível, forma um lago de águas cristalinas e azuladas, cuja coloração se intensifica quando os raios solares atravessam as fendas da caverna.

O local permanece fora das rotas turísticas tradicionais. Situado em uma propriedade privada, exige autorização para entrada e só permite acesso a mergulhadores técnicos com certificação em cavernas. Riscos como desmoronamentos e visibilidade limitada tornam o mergulho uma atividade restrita a profissionais experientes.

Em 1992, dois mergulhadores perderam a vida ao atingirem 35 metros de profundidade. Anos depois, em 2014, um desmoronamento atingiu um mergulhador que explorava a área com uma equipe a 20 metros. Ele foi arrastado por mais de 60 metros, mas conseguiu sobreviver. Os episódios reforçam os perigos escondidos sob a superfície tranquila do lago.

Uma das investigações mais profundas ocorreu em 2017, quando o programa Fantástico, da TV Globo, acompanhou uma equipe em uma expedição ao local. Após meses de preparação, os mergulhadores atingiram a marca de 185 metros, mas a profundidade total da caverna permanece desconhecida até hoje.

A caverna abriga um ecossistema único. Túneis e salões submersos guardam peixes, algas e até tartarugas que vivem isoladas sob a terra. A formação geológica se originou do colapso do teto de uma antiga caverna, o que criou o cenário misterioso que desafia a ciência e a coragem humana.

Embora o Buraco do Inferno atraia aventureiros de todo o país, especialistas reforçam: sem autorização, treinamento técnico e equipamentos adequados, a visita pode se transformar em tragédia. O fascínio da natureza precisa ser respeitado com consciência.

Foto: Reprodução

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