Brasil

A trajetória de Francisco Cuoco, o maior galã da teledramaturgia brasileira

Redação Diário da Manhã

Publicado em 19 de junho de 2025 às 23:32 | Atualizado há 9 horas

Francisco Cuoco (1933–2025) foi um dos maiores ícones da teledramaturgia brasileira, com mais de 60 anos dedicados ao teatro, cinema e televisão. Nascido no bairro do Brás, em São Paulo, filho de um feirante italiano, Cuoco trabalhou na feira com o pai enquanto estudava. Inicialmente planejava cursar Direito, mas ao ingressar na Escola de Arte Dramática de Alfredo Mesquita na década de 1950, decidiu seguir a carreira artística.
Iniciou sua trajetória no teatro, atuando em companhias importantes como o Teatro Brasileiro de Comédia e o Teatro dos Sete, onde trabalhou com diretores e atores renomados. Seu primeiro papel protagonista no teatro foi em 1961, em O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues. Em 1964, recebeu o prêmio APCA de melhor ator coadjuvante pela peça Boeing-boeing.
Na televisão, estreou em 1957 na TV Tupi e passou por emissoras como TV Rio, TV Excelsior e RecordTV. Sua primeira novela foi Marcados pelo Amor (1964), na TV Record, onde já atuou como protagonista. Na TV Excelsior, destacou-se em Redenção (1966), a novela brasileira com maior número de capítulos, e em Legião dos Esquecidos (1968), onde formou par romântico com Regina Duarte.
Em 1970, transferiu-se para a Rede Globo, onde consolidou sua fama de galã. Sua estreia foi na novela Assim na Terra como no Céu, de Dias Gomes, interpretando o padre Vítor Mariano. Trabalhou em sucessivos sucessos da dramaturgia, especialmente em obras de Janete Clair, que criou personagens icônicos para ele, como o ambicioso Cristiano Vilhena em Selva de Pedra (1972), o taxista Carlão em Pecado Capital (1975), o vidente Herculano Quintanilha em O Astro (1977), e políticos corruptos em Eu Prometo (1983) e O Salvador da Pátria (1989).
Cuoco foi reconhecido com diversos prêmios, incluindo APCA, Arte Qualidade Brasil e quatro Troféus Imprensa, e era admirado por sua técnica e inteligência cênica, influenciando gerações de atores mais jovens.
Após um período afastado dos palcos desde 1985, retornou ao teatro em 2005, atuando em comédias de sucesso como Três Homens Baixos e O Último Bolero, mantendo presença constante na televisão, mesmo em papéis coadjuvantes nas décadas seguintes.
Francisco Cuoco faleceu em 19 de junho de 2025, aos 91 anos, deixando um legado marcante na cultura brasileira como um dos maiores galãs e artistas da televisão nacional.

O velório do ator Francisco Cuoco será aberto ao público nesta sexta-feira, 20 de junho de 2025, das 7h às 15h, no Funeral Home, localizado na Rua São Carlos do Pinhal, 376, no bairro da Bela Vista, em São Paulo. Os fãs poderão prestar homenagens ao ícone da teledramaturgia brasileira, que faleceu aos 91 anos devido a falência múltipla dos órgãos, após cerca de 20 dias internado no Hospital Albert Einstein. O enterro será reservado apenas para familiares e amigos próximos, às 16h do mesmo dia.

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