Aviões B-2 dos EUA se aproximam do Irã e escalam tensão global com superbomba capaz de atingir instalações nucleares
Redação Online
Publicado em 21 de junho de 2025 às 20:27 | Atualizado há 7 horas
Bombardeiros B-2 Spirit, os únicos no mundo capazes de carregar a superarma GBU-57, levantaram voo da base Whiteman, no Missouri, em direção ao oeste, neste sábado (21/06). O armamento é projetado para atingir alvos enterrados a mais de 60 metros de profundidade, como os bunkers do programa nuclear iraniano. Segundo especialistas, a movimentação reforça a possibilidade de uma ofensiva coordenada com Israel.
Embora a rota permita múltiplas possibilidades, fontes militares apontam que os B-2 devem chegar à base de Diego Garcia, no Oceano Índico. O local oferece alcance de ataque confortável ao Irã com o apoio de aviões-tanque e permanece fora do raio de mísseis balísticos iranianos. A manobra visa manter os bombardeiros de sobreaviso para eventual ofensiva rápida.
O presidente Donald Trump confirmou o envio de reforços militares ao Oriente Médio. Três grupos de porta-aviões já se deslocam para a região. Trump indicou que decidirá em até duas semanas se os EUA se unirão oficialmente à campanha militar de Israel contra o Irã. A tensão se intensifica com os bombardeios israelenses e a resposta com mísseis e drones por parte de Teerã.
Apesar de serem furtivos, os B-2 ativaram transponders no início da missão, permitindo sua detecção por radares civis. Junto aos bombardeiros, oito aviões KC-135 de reabastecimento aéreo também decolaram, ampliando o alcance operacional da missão. Observadores estimam que até seis B-2 estejam no ar, embora nem todos tenham sido visíveis nos sistemas de rastreamento.
Os ataques israelenses iniciados há uma semana têm como objetivo neutralizar a capacidade nuclear iraniana. Fontes militares indicam que a ofensiva visa também desarticular a cúpula das Forças Armadas do Irã e destruir suas estruturas antiaéreas e de longo alcance. A presença dos B-2 eleva o poder de destruição potencial na região.
Rebeldes houthis do Iêmen, apoiados por Teerã, prometeram atacar navios americanos no mar Vermelho caso os EUA bombardeiem o Irã. A trégua mantida desde o mês passado pode ruir a qualquer momento, ampliando o risco de um conflito regional de grandes proporções.
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