China diz que ataque dos EUA ao Irã viola Carta da ONU e escalada gera repercussão global; Rússia fala em “nova guerra”
Redação Online
Publicado em 22 de junho de 2025 às 11:03 | Atualizado há 7 horas
O governo da China condenou neste domingo (22/06) o ataque dos Estados Unidos contra instalações nucleares do Irã, classificando a ofensiva como uma grave violação da Carta das Nações Unidas. Para o Ministério das Relações Exteriores chinês, a operação agrava perigosamente as tensões no Oriente Médio e exige resposta diplomática urgente.
Rússia reforça apoio a Teerã
Dmitri Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, ironizou a decisão de Donald Trump e acusou o presidente americano de “iniciar uma nova guerra”. O ex-presidente russo afirmou que Trump “não merece o Nobel da Paz” e reforçou o apoio a Teerã, tradicional aliado do Kremlin.
Líderes europeus pedem solução diplomática
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, afirmou que a prioridade deve ser restaurar a estabilidade e respeitar o direito internacional. O chanceler francês Jean-Noël Barrot ressaltou que a solução passa pelo Tratado de Não Proliferação. O premiê britânico Keir Starmer, embora tenha apoiado a ação americana, apelou por um retorno imediato às negociações.
ONU faz alerta sobre “escalada perigosa”
O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que o mundo está diante de uma “ameaça direta à paz e segurança internacionais”. Guterres pediu a todos os países envolvidos que cumpram suas obrigações legais e evitem uma escalada com potencial destrutivo global.
Nações do Golfo pedem mediação urgente
Emirados Árabes Unidos e Qatar expressaram preocupação com a deterioração da segurança regional. Abu Dhabi convocou o Conselho de Segurança da ONU a intervir, enquanto Doha chamou o Irã de “república irmã” e alertou sobre “repercussões catastróficas” se a crise não for contida.
Latino-americanos condenam ofensiva dos EUA
O Chile, por meio do presidente Gabriel Boric, classificou o ataque como uma violação clara do direito internacional. Cuba e Venezuela também repudiaram a ação americana, reforçando o discurso anti-imperialista e pedindo a imediata cessação das hostilidades.
Foto: reprodução