Retirada do corpo de Juliana Marins no Rinjani será na quarta (25)
Redação Online
Publicado em 24 de junho de 2025 às 14:48 | Atualizado há 13 horas
Uma megaoperação de resgate mobiliza desde o fim de semana as forças de busca da Indonésia para tentar retirar o corpo da brasileira Juliana Marins, de 27 anos, que caiu em uma encosta de 600 metros de profundidade no Monte Rinjani, em Lombok, Nusa Tenggara Barat. A localização exata da vítima foi confirmada às 18h (horário local) de terça-feira (24), após uma equipe conjunta do Basarnas (Agência Nacional de Busca e Salvamento) alcançar o ponto onde ela se encontra, próximo ao Lago Segara Anak, na região de Cemara Nunggal.
Segundo informações oficiais divulgadas pelo comando do SAR (Search and Rescue), a chegada até a posição de Juliana exigiu o deslocamento de múltiplas equipes de campo. Por conta do terreno extremamente difícil e do início da noite, os socorristas decidiram estabelecer um acampamento tático (“flying camp”) próximo ao local da vítima, para retomar a operação ao amanhecer com segurança.
A operação de resgate ganhou atenção prioritária do governo indonésio. O Chefe Nacional do Basarnas, Marechal do TNI Mohammad Syafii, determinou que o Diretor de Operações de Busca e Assistência, Brigadeiro-General do TNI (Marinha) Edy Prakoso, acompanhasse pessoalmente os trabalhos no Rinjani. Além disso, representantes da Embaixada do Brasil e familiares de Juliana acompanharam os desdobramentos diretamente no Posto de Comando em Sembalun.
O aparato de resgate inclui o helicóptero HR-3606, o Grupo Especial do Basarnas (BSG) e ainda uma aeronave da empresa PT AMMAN, que também realizou buscas aéreas. Entretanto, as condições climáticas adversas, com densa neblina bloqueando a visibilidade, impediram o acesso por helicóptero ao longo de todo o dia.
A operação de resgate em larga escala mobiliza 48 profissionais, reunindo integrantes do Basarnas, do Grupo Especial Basarnas (BSG), além de equipes de voo da tripulação do helicóptero HR-3606 e agentes do Escritório de SAR de Mataram. Também participam membros do Parque Nacional do Monte Rinjani (BTNGR), das Forças Armadas da Indonésia (TNI) e da Polícia Nacional (Polri), com reforço da BPBD de East Lombok e da Unidade SAR East Lombok. A logística conta ainda com apoio da empresa PT AMMAN, além de especialistas da EMHC, Lorac, Rinjani Squad, Damkar, voluntários locais e carregadores de montanha que auxiliam no transporte de equipamentos e suprimentos pelas trilhas de difícil acesso. A distribuição de logística adicional para os próximos dois dias também foi realizada para garantir suprimentos aos socorristas em campo.