Opinião Pública

O desafio de ser maçom no Século XXI

Redação Diário da Manhã

Publicado em 26 de junho de 2025 às 10:18 | Atualizado há 7 horas

Por Joāo Vicente de Castro Neto

“Todo o aprender, todo o melhorar, todo o viver é mudar”, Ruy Barbosa.

A ebulição de todos os processos que vivenciamos atualmente nos arrastam para uma dificuldade muito grande de compreendermos onde estamos, como vivemos e de que modo poderemos projetar nossas vidas para as próximas décadas.

A alta tecnologia que afasta as pessoas dos livros e reduz o aprendizado, a facilidade de mensagens por aplicativos de forma instantânea aniquila a aproximação das pessoas e reduz o convívio harmonioso e, para completar, somos obrigados a lutar diariamente contra a disseminação de mentiras, agora travestidas de “fake news”. Tudo isso impõe aos indivíduos o questionamento simples: para onde esse mundo está indo? É certo que vivemos tempos desafiadores e de grandes incertezas.

As pessoas precisarão de nortes bem definidos para poderem seguir na direção do bem e da vida plena, precisam de líderes esclarecidos e comprometidos com a verdade e com os bons valores. Terão que se esmerar a cada dia em buscar o caminho da retidão, do bem e da luz, ou o mundo simplesmente caminhará novamente para a barbárie como já ocorreu em outros tempos.Mas, há alguns indicativos de que é possível continuar sonhando com o triunfo do bem entre os homens.

Existe um coletivo de pessoas que pensam que formulam o que poderá ser melhor para construir a felicidade entre os homens. Há uma energia condensada em forma de indivíduos, que aglutina pessoas em busca do bem comum. São homens que combatem a tirania que aprisiona corações e mentes. Na mesma sequência atacam frontalmente a ignorância e os preconceitos e estendem as mãos de forma fraterna para todos buscarmos a superação de nossos erros.

O jurista, advogado, professor emérito e uma das maiores inteligências que o Brasil já gestou, Ruy Barbosa, disse com muita propriedade que a mudança dos indivíduos passa obrigatoriamente pelo estudo, pela disciplina do aprendizado e pelo compromisso com a verdade. Além dessa lição vir de um grande pensador há a constante de que ele também pertencia a uma fraternidade que tem por objetivo tornar feliz a humanidade, pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela difusão do saber e pelo fortalecimento da verdade.

Sim, Ruy Barbosa era maçom e seus ensinamentos estão mais vivos do que nunca. Para construirmos um Brasil livre das amarras das mentiras, comprometido com o convívio fraterno, com respeito às instituições e com o bem comum é imperioso que nos unamos em torno desses valores: estudo, trabalho e fraternidade. Tudo isso vem acompanhado de temor a Deus e compromisso com a verdade.

A maçonaria ensina isso aos seus membros. Ela impõe que isso deve ser feito pela difusão da prática incessante do amor e pela correção das condutas, aperfeiçoando os costumes e práticas vivenciadas a cada dia. Assim, concebemos de modo simplificado que o maçom deve ser o indutor e catalizador do amor entre as pessoas e da prática do bem como forma de atingir o objetivo final de todo homem e mulher que é tão simplesmente ser feliz.

A família maçônica deve ser a indutora diária da construção desse novo mundo, não apenas pela pregação e pela oralidade, mas pelos atos. Porque a palavra convence, mas o exemplo arrasta. Que venha um novo mundo, mais justo e fraterno e que os indivíduos se congreguem em torno de ideais comuns visando a mudança, o crescimento e a superação de toda dificuldade.Assim seja.

Joāo Vicente de Castro Neto é consultor de agronegócio e maçom regular do Grande Oriente de Goiás

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