Adolescente mata pais, irmão de 3 anos e pesquisa como receber FGTS de R$ 33 mil do falecido
Redação Online
Publicado em 26 de junho de 2025 às 12:08 | Atualizado há 1 mês
A Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da 143ª Delegacia de Polícia de Itaperuna, apura se um adolescente de 14 anos matou os pais e o irmão de 3 anos para receber o FGTS de R$ 33 mil do pai. A hipótese surgiu após investigadores encontrarem no celular do garoto uma pesquisa com o termo “como receber FGTS de falecido”. Em depoimento, o jovem afirmou ter feito a busca após os assassinatos.
Segundo a polícia, o crime também pode ter sido motivado por frustração. O menor mantinha namoro on-line com uma jovem de 15 anos de Mato Grosso, e a família proibiu a viagem para o encontro. Durante a perícia, os agentes encontraram uma bolsa pronta para viagem, contendo os celulares das vítimas.
O caso chegou à polícia quando a avó paterna do adolescente registrou o desaparecimento da família no dia 24 de junho. Ela relatou que não conseguia contato com os pais e o irmão desde o sábado anterior. No imóvel, a equipe da 143ª DP encontrou manchas de sangue, roupas com sinais de queimadura e um forte odor. Os corpos estavam escondidos dentro de uma cisterna no quintal da casa, no bairro Frigorífico, em Itaperuna, interior do Rio de Janeiro.
O adolescente relatou que matou os pais com tiros na cabeça e o irmão com um tiro no pescoço para “poupá-lo da dor da perda”. Dormia no quarto dos pais por causa do ar-condicionado, tomou um suplemento pré-treino para se manter acordado e executou o crime com a arma do pai, escondida sob o colchão. Usou produto de limpeza para disfarçar a trilha de sangue até a cisterna, a cerca de cinco metros do quarto.
Segundo o delegado Carlos Augusto Guimarães, titular da 143ª DP, o adolescente mostrou frieza e ausência de remorso. Declarou que não se arrepende e que faria tudo novamente. A arma foi encontrada e entregue pela avó. A polícia analisa se houve premeditação ou se a ação revela um perfil psicopático.
Foto: Reprodução/Redes sociais