Brasil

Setor da construção reage à disparada na compra de usados; entenda os impactos

Redação Diário da Manhã

Publicado em 3 de julho de 2025 às 12:00 | Atualizado há 16 horas

O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) registrou em 2024 o maior número de contratos para compra de imóveis usados na sua história, o que ampliou as opções para os compradores, mas gerou preocupação no setor da construção civil. Esse aumento expressivo na aquisição de usados tem levado o governo a restringir o financiamento para esse tipo de imóvel, com o objetivo de priorizar a compra de imóveis novos e manter o setor de construção aquecido, já que a construção gera mais empregos e movimenta a economia.
As principais mudanças recentes no programa para imóveis usados incluem:
• Limitação do financiamento a 50% do valor do imóvel nas regiões Sul e Sudeste, e a 70% nas demais regiões (antes era 70% e 80%, respectivamente).
• Redução do teto de valor dos imóveis usados financiáveis de R$ 350 mil para R$ 270 mil em todo o país.
• Aumento da entrada mínima para imóveis usados, que agora é de 50% nas regiões Sul e Sudeste e 70% nas demais regiões.
Essas medidas buscam evitar que o crescimento do financiamento de imóveis usados comprometa os recursos do FGTS destinados ao programa, já que o aumento da compra de usados consome uma fatia maior do fundo, prejudicando o financiamento de novos lançamentos, que são essenciais para o setor da construção civil.
Apesar da alta nas vendas e lançamentos em 2024, impulsionadas pelo MCMV, o setor enfrenta desafios como o aumento da taxa de juros, escassez de mão de obra e custos elevados de materiais, que pressionam os preços para o consumidor final. O governo e o setor da construção defendem que a priorização de imóveis novos no programa é fundamental para manter o mercado imobiliário dinâmico e garantir o cumprimento da meta de contratar 2 milhões de unidades habitacionais até 2027.
A disparada na compra de imóveis usados pelo Minha Casa, Minha Vida preocupa o setor da construção civil porque pode reduzir os recursos para novos empreendimentos, prejudicando a geração de empregos e o crescimento econômico.

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