Na contramão da crise: Catalão fecha 2024 com superávit de R$ 114,5 milhões
Redação Diário da Manhã
Publicado em 3 de julho de 2025 às 12:50 | Atualizado há 11 horas
Enquanto 128 municípios goianos encerraram 2024 com déficits, Catalão foi na contramão do colapso fiscal. A cidade, que teve as contas conduzidas até dezembro pelo ex-prefeito Adib Elias (MDB), registrou o segundo maior superávit de Goiás, com saldo positivo de quase R$ 114,5 milhões, atrás apenas de Águas Lindas, que liderou o ranking com saldo positivo de R$ 118,1 milhões, de acordo com levantamento do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público (Siconfi).
O resultado coloca o município à frente de cidades maiores e com arrecadações mais robustas, como Senador Canedo, Cidade Ocidental e Caldas Novas. “Catalão é um exemplo claro de que é possível encerrar um ciclo de governo entregando resultados, não desculpas. Quem chega encontra a casa em ordem. Não é mágica. É gestão. Fizemos mais com menos, priorizamos obras com começo, meio e fim, e nunca gastamos o que não podíamos pagar.
Esse é o legado que deixamos”, resume Adib Elias, que comandou a cidade até o fim de 2024 e hoje é secretário de Infraestrutura do Governo de Goiás.O cenário de Catalão contrasta com o das três maiores cidades do Estado. Anápolis, o caso mais crítico, fechou o ano passado com déficit de R$ 268,2 milhões, mesmo tendo população mais de três vezes maior que a de Catalão. Em seguida, aparecem Goiânia e Aparecida, respectivamente, com R$ 226,6 milhões e R$ 139,3 milhões de saldo negativo.
Situação que também se repete em municípios menores, como Rio Verde, Santa Helena, Luziânia, Nerópolis, Mineiros, Indiara e Ouvidor. Ao todo, mais da metade das 246 cidades de Goiás fecharam o ano passado com as contas no vermelho. Dos 237 municípios goianos que apresentaram dados ao Tesouro Nacional, apenas 109 tiveram resultado primário positivo. Além de Catalão e Águas Lindas, os melhores desempenhos foram em Senador Canedo, Cidade Ocidental, Caldas Novas, Valparaíso, Itumbiara, Goiatuba, Goianésia e Pirenópolis.
Adib Elias credita o bom desempenho de Catalão à gestão austera, planejamento efetivo, controle rigoroso de despesas e investimentos bem calculados. “Catalão enfrenta os mesmos desafios de outras cidades: perda de arrecadação, inflação, obrigações crescentes impostas às prefeituras e cobrança da população. A diferença está em como se administra. Planejamento a longo prazo e a disciplina orçamentária ainda funcionam. É totalmente possível governar com responsabilidade fiscal, com os pés no chão”, avalia o ex-prefeito de Catalão.
Além do segundo maior superávit de Goiás, a cidade que já foi administrada quatro vezes por Adib Elias coleciona indicadores positivos. Em junho deste ano, Catalão foi reconhecida pelo Índice de Felicidade Territorial (IFT) como a cidade mais feliz de Goiás. O município da região da Estrada de Ferro também é o terceiro com melhor qualidade de vida, tem a menor taxa de pessoas em situação de extrema pobreza por habitante, é o melhor para investir no setor industrial, está entre as quatro maiores economias de Goiás e figura entre os 500 melhores do Brasil para se fazer negócios.
Agora no governo estadual, Adib Elias diz que leva consigo a experiência de Catalão para o desafio de estar à frente de uma carteira de investimentos de mais de R$ 3 bilhões. “Acredito em obras que cabem no orçamento, em prazos que podem ser cumpridos e em um Estado que respeita o povo também na forma como gasta o dinheiro dele. A experiência que vivemos em Catalão é uma bússola para o que, ao lado de Ronaldo Caiado e Daniel Vilela, estamos construindo em Goiás.”