Ciência

Objeto misterioso que veio de fora do Sistema Solar é detectado e intriga astrônomos

Redação Online

Publicado em 4 de julho de 2025 às 08:42 | Atualizado há 9 horas

 Caso tenha superfície escura, semelhante à de um asteroide, o objeto pode medir até 20 quilômetros
Caso tenha superfície escura, semelhante à de um asteroide, o objeto pode medir até 20 quilômetros

Um corpo celeste que veio de fora do Sistema Solar acaba de ser detectado por astrônomos que operam o telescópio do Sistema de Alerta de Impacto Terrestre de Asteroides (Atlas). Chamado provisoriamente de A11pI3Z, o objeto surpreendeu os pesquisadores pela trajetória incomum e pelo brilho intenso. É apenas o terceiro registro confirmado de um visitante interestelar, após o enigmático Oumuamua, em 2017, e o cometa Borisov, em 2019.

Embora o objeto tenha causado apreensão inicial ao parecer se aproximar da Terra, análises mais precisas descartaram qualquer ameaça. A11pI3Z segue uma rota segura, e mantém-se a milhões de quilômetros de distância. Em outubro, no ponto mais próximo do Sol, ainda permanecerá além da órbita de Marte, com a Terra do lado oposto — o que garante tranquilidade total.

O brilho fora do comum intriga os especialistas. Caso tenha superfície escura, semelhante à de um asteroide, o objeto pode medir até 20 quilômetros — maior que o asteroide que causou a extinção dos dinossauros. Mas, se for um cometa, o brilho pode resultar do reflexo solar em nuvens de gás e poeira.

O renomado astrofísico Avi Loeb, de Harvard, levanta hipóteses ainda mais ousadas: há chance remota de o A11pI3Z emitir luz própria, o que exigirá investigação detalhada com telescópios como o James Webb. A observação prolongada, ao contrário do breve contato com Oumuamua, permitirá estudar em profundidade a composição, formato, temperatura e possíveis anomalias.

A passagem do A11pI3Z representa uma rara oportunidade científica. Além de não representar ameaça, o objeto oferece uma chance única de compreender materiais e comportamentos que vem do espaço interestelar. Pesquisadores apostam que a análise do corpo celeste revelará pistas valiosas sobre as condições em sistemas planetários distantes.

Foto: Reprodução

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