Economia

Tarifa de Trump sobre produtos brasileiros gera reação negativa no agro

Redação Diário da Manhã

Publicado em 10 de julho de 2025 às 18:00 | Atualizado há 5 horas

O anúncio feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto de 2025, tem causado grande preocupação no setor produtivo do Brasil. A medida é vista como desproporcional, sem justificativa econômica e com potencial para prejudicar fortemente a indústria e o agronegócio brasileiros.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou que não há fatos econômicos que justifiquem a tarifa e defende o diálogo para reverter a decisão, ressaltando a importância da cooperação para manter uma relação comercial equilibrada entre os países. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) alertou que o custo elevado inviabilizará a venda de carnes brasileiras para os EUA, prejudicando o setor e os consumidores americanos. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) destacou os impactos negativos no câmbio, no custo de insumos e na competitividade das exportações, pedindo uma resposta diplomática e estratégica para fortalecer as negociações bilaterais.
Trump justificou a tarifa alegando uma relação comercial “injusta” e déficit comercial dos EUA com o Brasil, além de criticar decisões do Supremo Tribunal Federal brasileiro relacionadas à liberdade de expressão e eleições. No entanto, dados oficiais mostram que o Brasil tem déficit comercial com os EUA há 16 anos, o que contradiz a justificativa do governo americano. O presidente americano também condicionou a suspensão da tarifa à fabricação ou montagem de produtos brasileiros dentro dos EUA e ameaçou aumentar ainda mais a tarifa caso o Brasil adote medidas retaliatórias.

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