Internacional

Síria: drusos retomam Sweida e impõem cessar-fogo após semana sangrenta

Redação Online

Publicado em 20 de julho de 2025 às 15:21 | Atualizado há 13 horas

O presidente interino Ahmed al-Sharaa anunciou a trégua, mas a população enfrenta escassez de água, colapso energético e hospitais destruídos
O presidente interino Ahmed al-Sharaa anunciou a trégua, mas a população enfrenta escassez de água, colapso energético e hospitais destruídos

A província de Sweida, no sul da Síria, registra relativa calmaria após sete dias de confrontos entre milícias drusas, combatentes beduínos e forças governamentais. O cessar-fogo foi declarado após a retirada das tropas beduínas e pressões internacionais, com apelos diretos dos Estados Unidos.

ONGs locais relatam centenas de vítimas civis, incluindo execuções sumárias e famílias inteiras dizimadas. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) estima mais de 1.000 mortes, enquanto a Rede Síria para os Direitos Humanos confirma 321 óbitos documentados. A Organização Internacional para as Migrações (OIM) contabiliza cerca de 128 mil deslocados.

Aviões israelenses atingiram alvos em Damasco, entre eles o Ministério da Defesa e o palácio presidencial, sob a justificativa de “proteger a minoria drusa”. As ações agravaram a instabilidade e ampliaram as tensões sectárias na região.

O presidente interino Ahmed al-Sharaa anunciou a trégua, mas a população enfrenta escassez de água, colapso energético e hospitais destruídos. Comboios de ajuda humanitária seguem impedidos de entrar em áreas isoladas, onde corpos permanecem insepultos.

O enviado americano Tom Barrack alertou para o risco de colapso da autoridade governamental e condenou os “ciclos de vingança tribal”. A crise expõe a fragilidade do governo sírio, que tenta se afastar do passado jihadista após o fim parcial das sanções dos EUA.

Foto: Syria State TV

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