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Árbitro agiu corretamente ao expulsar Léo Jardim após recusa de atendimento, diz chefe de arbitragem da CBF

Redação Online

Publicado em 29 de julho de 2025 às 11:32 | Atualizado há 1 dia

O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Rodrigo Cintra, afirmou nesta segunda-feira (29) que o árbitro Flávio Rodrigues de Souza seguiu rigorosamente as regras ao expulsar o goleiro Léo Jardim, do Vasco, durante o empate em 1 a 1 contra o Internacional, no Beira-Rio, no último domingo. Segundo Cintra, o árbitro só aplicou o segundo cartão amarelo e, consequentemente, o vermelho após esgotar todas as alternativas e o jogador recusar atendimento médico.

O lance polêmico ocorreu aos 38 minutos do segundo tempo. Após queda no gramado, Léo Jardim permaneceu no chão por tempo prolongado, e o árbitro sinalizou a necessidade de atendimento. Apesar da presença do médico do Vasco ao seu lado, o goleiro recusou o socorro. Por isso, Flávio Rodrigues interpretou a atitude como tentativa de retardar o reinício da partida motivo previsto nas regras da FIFA para aplicação de advertência.

“Foi ao último recurso. O árbitro tentou de todas as formas. O médico estava ao lado do jogador, pronto para atendê-lo. Mesmo assim, o atleta optou por não ser atendido. Com o jogo parado, não havia mais nada a ser feito além de aplicar a regra. O cartão foi corretamente aplicado”, declarou Rodrigo Cintra em entrevista à CBF TV.

A expulsão de Léo Jardim gerou protestos imediatos do Vasco. O clube emitiu nota oficial classificando a atuação da arbitragem como “desastrosa” e exigiu o afastamento imediato de Flávio Rodrigues de Souza. Além disso, a diretoria vascaína anunciou que levaria o caso formalmente à Confederação Brasileira de Futebol.

A CBF, no entanto, sustentou que não houve erro. Para a Comissão de Arbitragem, o juiz agiu em total conformidade com o protocolo recomendado pela entidade máxima do futebol mundial. “Não se trata de interpretação subjetiva. A regra é clara. A arbitragem foi rigorosa, mas não incorreta”, explicou Cintra.

Mesmo com um laudo médico divulgado pelo Vasco, que apontou contusão na região da bacia e hematomas musculares profundos no goleiro, o dirigente reiterou que a decisão cabia ao árbitro. “Não sou médico, mas o árbitro também não pode obrigar o atendimento. O médico estava ali, e o atleta não quis ser atendido. O juiz não poderia mais manter o jogo parado”, completou.

Rodrigo Cintra também alertou que situações semelhantes podem passar a ser tratadas com mais rigidez por parte da arbitragem brasileira. Segundo ele, ações que configurem tentativa de retardar a partida devem ser coibidas, sobretudo em jogos de alta competitividade como o Campeonato Brasileiro.

Com a expulsão, Léo Jardim está automaticamente suspenso da próxima partida do Vasco, que enfrenta o Athletico-PR em São Januário.

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