Homem que agrediu namorada com 61 socos diz ter sido espancado na cadeia e relata ameaças de morte
DM Redação
Publicado em 3 de agosto de 2025 às 21:54 | Atualizado há 3 horas
Igor Eduardo Cabral, ex-atleta conhecido por agredir a namorada com 61 socos em um elevador, afirma ter sido espancado por policiais penais na cadeia pública de Ceará Mirim (RN). Segundo ele, agentes o agrediram com socos, chutes e spray de pimenta, enquanto estava algemado e isolado em cela.
A Secretaria da Administração Penitenciária (Ceap) informou que recebeu denúncia de violação à integridade física do detento. Equipes da coordenadoria e da ouvidoria do sistema penitenciário se deslocaram até a unidade para apurar os fatos, registrar ocorrência e realizar exame de corpo de delito.
A defesa de Igor Cabral afirmou que não foi acionada pelas autoridades sobre a denúncia e não teve acesso ao cliente. O advogado Carlos Almeida disse que havia solicitado cela individual para garantir a integridade do preso, mas não esperava que o pedido resultasse em isolamento punitivo.
Igor relatou que ouviu ameaças de morte dos agentes, que mencionaram envenenar sua refeição e entregaram um lençol com a “orientação” para que ele se matasse. No boletim de ocorrência, o ex-atleta disse ter sido informado de que estava “no inferno” e que não sairia vivo da unidade.
Um vídeo mostra o momento exato em que Igor Eduardo Cabral é preso pelas forças de segurança pública do Rio Grande do Norte. A ação providencial do porteiro, que ligou para a polícia quando viu as imagens da agressão pelo monitor, foi fundamental para que o ex-atleta fosse detido em flagrante.
Uma foto mostra Igor Cabral, com a cabeça raspada e expressão abatida, cercado por agentes penitenciários ao ser inserido no sistema prisional. A imagem contrasta com as cenas de violência em que o acusado aparece espancando brutalmente sua ex-namorada dentro de um elevador em Natal (RN).
A vítima do espancamento sofreu múltiplas fraturas no rosto e passou por cirurgia complexa. Segundo o cirurgião Kerlison Paulino de Oliveira, as lesões são compatíveis com traumas de acidente automobilístico. O médico alerta para a possibilidade de sequelas permanentes, que só serão avaliadas após 45 a 60 dias de recuperação.
Foto e vídeo: Redes sociais