Arlindo Cruz, ícone do samba, morre aos 66 anos no Rio de Janeiro
DM Online
Publicado em 8 de agosto de 2025 às 15:46 | Atualizado há 7 horas
mundo da música brasileira amanheceu de luto nesta sexta-feira com a confirmação, feita por sua esposa Babi Cruz, da morte do cantor, compositor e instrumentista Arlindo Cruz, aos 66 anos. O falecimento ocorreu no Hospital Barra D’Or, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, em decorrência de complicações de pneumonia.
Arlindo Cruz enfrentava desde março de 2017 graves sequelas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, ocorrido enquanto se preparava para um show com seu filho, que o afastou definitivamente dos palcos. Desde então, passou por múltiplas internações hospitalares, lidou com uma doença autoimune, utilizou sonda alimentar e chegou a viver períodos no CTI.
Nos meses mais recentes, seu quadro de saúde se agravou. Em janeiro deste ano, passou a não responder mais a estímulos, mesmo após cirurgias. Estava internado em tratamento intensivo desde que contraiu pneumonia.
Nascido em 14 de setembro de 1958, no Rio de Janeiro, Arlindo Domingos da Cruz Filho foi uma figura central no samba e no pagode brasileiro. Sua trajetória ganhou força nas rodas de samba do Cacique de Ramos, seguindo ao posto de compositor e depois cantor. Foi integrante do grupo Fundo de Quintal por mais de uma década, antes de iniciar uma bem-sucedida carreira solo. Entre seus maiores sucessos estão “Meu Lugar”, “O Show Tem que Continuar”, “O Bem” e “Será Que É Amor”.
Sua obra rendeu mais de 550 composições gravadas por artistas de diferentes gerações, além de premiações como o Prêmio da Música Brasileira e conquistas em concursos de samba-enredo em escolas como Império Serrano e Grande Rio.
A vida familiar também refletia sua arte. Arlindo e Babi estavam juntos desde 1986, oficializando a união em 2012. O casal teve dois filhos: Arlindinho, que seguiu os passos do pai na música, e Flora, influenciadora que destaca a presença cultural do legado familiar.
Ainda na sexta-feira, um tributo foi veiculado no programa “Sem Censura”, da TV Brasil, com participação de seus familiares, amigos e profissionais que colaboraram com sua trajetória. O filho Arlindinho cantou clássicos como “Meu Lugar” e “O Show Tem que Continuar” uma forma emocionante de celebrar a memória do artista.