Pix 2.0 segura valor até concluir transferência do veículo

O Banco Central apresentou detalhes sobre o Pix 2.0, evolução do sistema de pagamentos instantâneos, que será integrado ao Drex, o real digital. A novidade promete transformar transações de compra e venda de veículos, prevenindo golpes e oferecendo crédito mais acessível ao consumidor brasileiro.

Na prática, o comprador continuará transferindo o valor via Pix, mas o Drex atuará como intermediário inteligente: o pagamento só será liberado ao vendedor após a confirmação da transferência de propriedade do veículo. Essa operação será feita por meio de contratos inteligentes, que estabelecem condições automáticas para a conclusão da transação. Caso a transferência de titularidade não seja efetivada, o valor retorna imediatamente ao comprador, eliminando o risco de fraude.

Essa tecnologia também poderá ser aplicada a outros bens e serviços que demandam transferência de propriedade, como imóveis. Segundo o Banco Central, a funcionalidade será lançada já em 2026 e não dependerá de blockchain na primeira fase, o que facilitará a implementação rápida. A integração do blockchain poderá ocorrer futuramente, ampliando ainda mais a segurança e a rastreabilidade das operações.

Além de combater golpes, o Drex facilitará o acesso a empréstimos com taxas menores. A possibilidade de atrelar o crédito a garantias digitais e liquidações condicionadas reduzirá riscos para as instituições financeiras, permitindo ofertas mais competitivas ao consumidor.

A expectativa é que o Pix 2.0 com Drex fortaleça a confiança nas transações digitais e revolucione setores como o automotivo, unindo agilidade, segurança e inovação para modernizar o sistema financeiro nacional.