Oposição derruba governo Lula e assume controle da CPI do INSS
Redação Online
Publicado em 20 de agosto de 2025 às 17:08 | Atualizado há 7 horas
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS começou oficialmente a funcionar no Congresso Nacional. O colegiado, criado para investigar fraudes em benefícios previdenciários, foi palco de uma disputa intensa entre governo e oposição já no primeiro dia de atividades.
Na eleição da mesa diretora, o governo sofreu um revés: a oposição conquistou tanto a presidência quanto a relatoria da CPI.
O senador Carlos Viana (Podemos-MG) foi eleito presidente da comissão com 17 votos a 14, derrotando o nome apoiado pelo Planalto, Omar Aziz (PSD-AM). Para a relatoria, o escolhido foi o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), também da oposição, em substituição a Ricardo Ayres (Republicanos-TO), que era a indicação do governo.
O resultado representou uma derrota inesperada para a base governista, que acreditava ter maioria assegurada no colegiado. A articulação da oposição contou com o apoio de parlamentares do PL, União Brasil e outros partidos independentes.
O pedido de criação da CPI mista foi protocolado em maio de 2025, reunindo 36 senadores e 223 deputados número acima do mínimo exigido. A instalação ocorreu em junho, após a leitura do requerimento em sessão conjunta do Congresso.
O foco da investigação é apurar denúncias de descontos indevidos em benefícios do INSS, esquema que teria movimentado cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, segundo a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU).
Com a presidência e a relatoria sob o comando da oposição, a expectativa é de que a CPI mista do INSS adote uma linha dura contra o governo federal, convocando autoridades e aprofundando as investigações. Nos próximos dias, os integrantes devem aprovar o plano de trabalho e definir a lista de depoentes.