Política

PF apura investimento de R$ 30 milhões do Sheik do Bitcoin em editora de Malafaia

Redação Online

Publicado em 25 de agosto de 2025 às 09:20 | Atualizado há 3 horas

Uma testemunha da Polícia Federal revelou que o empresário Francisley Valdevino da Silva, conhecido como Sheik do Bitcoin e condenado a 56 anos de prisão por esquema de pirâmide financeira com criptomoedas, teria injetado R$ 30 milhões em uma empresa ligada ao pastor Silas Malafaia.

O depoimento é de Davi Zocal, que afirmou em agosto de 2022 que o aporte milionário foi direcionado à Alvox Gospel Livros Marketing Direto, criada em maio de 2021 e encerrada em julho de 2022. Segundo ele, a iniciativa partiu do próprio Malafaia, que sugeriu abrir uma empresa com outro nome para não prejudicar a imagem da Central Gospel LTDA, editora do pastor que estava em recuperação judicial desde 2019, acumulando uma dívida de cerca de R$ 16 milhões.

“Ele [Francisley] gastou muito. Juntando informações, entre confecção e tudo, foram R$ 30 milhões… R$ 30 milhões para erguer a empresa”, declarou Zocal à PF.

De acordo com o depoimento, o investimento tinha como objetivo dar fôlego às atividades editoriais ligadas a Malafaia.

O pastor, por sua vez, confirmou a sociedade, mas disse que ela durou apenas um ano e terminou antes de qualquer denúncia formal contra Francisley. Ele também afirmou que não possuía poder de gestão na Alvox que estava sob controle do Sheik do Bitcoin e negou ter feito propaganda ou incentivado fiéis de sua igreja a investir com o empresário.

Francisley Valdevino, apelidado de Sheik do Bitcoin, foi alvo da Polícia Federal em 2022 e condenado pela Justiça Federal do Paraná em 2024 por crimes relacionados ao esquema de pirâmide financeira que lesou milhares de investidores.

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