Economia

PIB brasileiro acelera, mas com freio de mão puxado cresce 0,4% no 2º trimestre

Léo Carvalho

Publicado em 2 de setembro de 2025 às 16:32 | Atualizado há 1 dia

PIB do Brasil cresce 0,4% no segundo trimestre de 2025, mas desaceleração indica que economia segue limitada por juros altos e investimentos contidos | Foto: Divulgação
PIB do Brasil cresce 0,4% no segundo trimestre de 2025, mas desaceleração indica que economia segue limitada por juros altos e investimentos contidos | Foto: Divulgação

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil avançou 0,4% no segundo trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (2). O resultado representa desaceleração frente ao crescimento de 1,3% registrado no primeiro trimestre, refletindo os efeitos da política monetária restritiva e dos juros elevados sobre a economia.

O PIB, que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país em um período, é o principal indicador de crescimento econômico. Na comparação anual, o indicador registrou alta de 2,2% em relação ao segundo trimestre de 2024. Considerando os últimos quatro trimestres, a economia brasileira acumula expansão de 3,2%.

O crescimento do segundo trimestre foi puxado pelo setor de serviços, que registrou alta de 0,6%, com destaque para comércio, transporte, serviços financeiros e tecnologia da informação. O consumo das famílias também contribuiu positivamente, com avanço de 0,5%, apoiado pelo aumento da massa salarial e por programas de transferência de renda.

Outra face

Por outro lado, a formação bruta de capital fixo (investimentos) recuou 2,2%, evidenciando a cautela do setor empresarial diante do aumento do custo do crédito. O consumo do governo apresentou leve retração de 0,6%. A indústria teve crescimento modesto de 0,5%, com desempenho positivo da indústria extrativa, mas queda de 0,5% na indústria de transformação, enquanto o agronegócio registrou retração de 0,1%.

Expectativa

Para o conjunto de 2025, as projeções apontam crescimento mais moderado em relação ao ano passado, quando o PIB avançou 3,4%. O mercado financeiro projeta expansão de cerca de 2,2%, enquanto o Ministério da Fazenda estima crescimento de 2,5%, com leve viés de baixa.

Analistas ressaltam que, apesar dos desafios impostos pelos juros altos e pela desaceleração nos investimentos, o setor de serviços e o consumo das famílias seguem como pilares da economia, contribuindo para manter o crescimento econômico mesmo em cenário de incertezas.


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